O 2° Congresso Luso-brasileiro de Horticultura (CLBHOrt2019) está marcado para acontecer no período de 22 a 25 de maio, em Goiânia (GO). Paralelamente às palestras, mesas-redondas e workshops, acontece a feira de produtos e serviços, com expositores trazendo até os participantes as novas tecnologias do mercado.
Paulo César Tavares de Melo, doutor e professor da ESALQ/USP e coordenador executivo do CLBHort2019, conta que o evento tem como objetivo o fortalecimento da ligação entre a pesquisa e a inovação, que é o motor do desenvolvimento da horticultura moderna, criadora de valor, baseada no conhecimento e na sustentabilidade, em que a competitividade depende cada vez mais da criatividade e da capacidade de inovação.
Para isso, o CLBHort2019 contará com o envolvimento de pesquisadores e parceiros empresariais em sua organização, visando à criação de uma plataforma para alavancar o desempenho da indústria hortícola luso-brasileira e aumentar a sua competitividade a nível internacional. “A rigor, pretende-se criar uma atmosfera adequada e um espaço estimulante para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e informações sobre temas do agronegócio hortícola contemporâneo, projetando o futuro do setor”, detalha o experiente profissional.
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O tema do Congresso “Pesquisa e Inovação em Diálogo com as Empresas” vem de encontro aos desafios de desenvolver uma horticultura sustentável e produtiva que possa prosperar em um mundo em permanente mudança.
A palestra de abertura “Translação de conhecimento e inovação no contexto da nova horticultura” abordará o tema da inovação na horticultura. A palestra será proferida por um cientista de renome internacional, Antônio Monteiro, doutor e ex-presidente da Sociedade Internacional de Ciências Hortícolas (ISHS, sigla em inglês) e professor aposentado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA/ULisboa).
Como enfatiza Monteiro, “o âmbito da inovação em horticultura é alargado pela translação rápida, para as empresas do conhecimento em novas áreas científicas, o que permite a criação de produtos e serviços a partir da genômica, proteômica, nanotecnologia, modelação, robótica, automação e outras áreas científicas de ponta, levando ao nascimento do que poderemos chamar uma Nova Horticultura”.
Ainda de acordo com ele, “assiste-se a uma revolução tecnológica na horticultura que é conseguida a partir de áreas do conhecimento muito distantes do que habitualmente entendemos por ciências da horticultura e que envolvem atores com formação em áreas do conhecimento muito diversas”. Monteiro conclui, recomendando que “temos que passar a pensar ‘fora da caixa’”.
Os temas das palestras e das mesas-redondas foram escolhidos de modo a abranger todas as áreas do HF, destacando a fruticultura, a vitivinicultura, a olivicultura, a olericultura (hortaliças, ervas condimentares, aromáticas e plantas medicinais) e a horticultura ornamental (floricultura, plantas ornamentais e paisagismo).
“Contaremos com profissionais altamente gabaritados de Portugal, Brasil e Argentina que abordarão temas escolhidos de acordo com sua relevância e que são desafios a serem enfrentados e superados pela horticultura no contexto luso-brasileiro”, ressalta Paulo César.