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Produção de caqui no Brasil está concentrada nos estados do Sul e Sudeste

Pedro Maranha Peche

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fruticultura UFLA

pedmpeche@gmail.com

Rafael Pio

Engenheiro agrônomo e professor de Fruticultura UFLA

 

CréditoShutterstock
CréditoShutterstock

De acordo com dados da FAO, em 2013 o Brasil foi o quarto maior produtor de caqui a nível mundial, produzindo cerca 173 mil toneladas, ficando atrás de China (3,5 milhões de toneladas), Coreia (350 mil toneladas) e Japão (215 mil toneladas).

A produção está concentrada nos estados do Sul e Sudeste. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional, sendo responsável por aproximadamente 58% da produção, seguido por Rio Grande do Sul (15%), Paraná (12%), Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%) (IBGE 2013).

Produtividade nacional

Segundo a FAO (2013) o Brasil possui a maior produtividade média a nível mundial, que é de 20,25 toneladas por hectare, seguido por Itália (16,7 ton/ha), Arzeibajão (16,6 ton/ha), Taiwan (15,6 ton/ha) e Nova Zelândia (15,5 ton/ha). Porém, se analisarmos a produtividade do Estado de São Paulo, vemos que o mesmo possui uma produtividade de 33 ton/ha, muito acima da média nacional.

Oferta e demanda

A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho, sendo o período de maior oferta de março a maio. A demanda atual é por produção de frutos fora de época.

 A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho - Crédito Pixabay
A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho – Crédito Pixabay

Rentabilidade

Nos últimos anos o preço do quilo do caqui “˜Fuyu’ está em torno de R$ 4,00. Nos últimos cincos anos o menor preço praticado no CEAGESP ““ SP foi de R$ 3,73/kg, em 2011, e o mais alto foi de R$ 4,57/kg em 2012. No ano de 2014 o preço praticado foi de R$ 4,17/kg (Agrianual, 2015).

A melhor forma de otimizar a lucratividade é  diminuir o custo de produção, porém, diminuir custo não significa cortar gastos. Isso pode ser feito, na maioria das vezes, com ações simples, como a adoção do:

ð Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas daninhas (MIPDP), que permitirá o uso dos métodos de controle (não necessariamente químico) no momento exato, pois é baseado em amostragem e índices de controle, propiciando uma alta taxa de sucesso no controle e racionalização dos recursos.

ð Análise anual de solo e foliar: o equilíbrio nutricional é a chave para a produção de frutos de qualidade e para a longevidade produtiva da plantação. Além disso, com os resultados das duas análises temos um escopo completo da nutrição da planta e da “reserva“ de nutrientes no solo, podendo, assim, adequar a adubação, evitando aplicações desnecessárias (consumo de luxo) que podem causar toxidez ou levar a deficiências nutricionais por interação entre os nutrientes.

ð Boas práticas agrícolas: práticas de conservação do solo, uso de adubos verdes, consórcios, rotação de cultivos nas entrelinhas, etc., podem não parecer, a curto prazo, métodos de otimização da lucratividade, porém, a médio e longo prazos permitem um aumento de produtividade/lucratividade por área, favorecem o aumento da resiliência ambiental, ajudando no controle natural das pragas.

ð Manutenção preventiva e regulagem adequada do maquinário.

ð Planilha detalhada de custo, incluindo gastos com bens de consumo (combustível, defensivos, adubos, etc.), mão de obra (incluir salário do produtor).

ð Produção fora de época.

Crédito Renato Alves Pereira
Crédito Renato Alves Pereira

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2015  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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