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Tecnologia usa fotônica para obter diagnóstico precoce do greening

Créditos Flavio Ubiali
Créditos Flavio Ubiali

O emprego da fotônica no diagnóstico precoce do cancro cítrico e da doença mais temida atualmente na citricultura ““ o greening, também conhecida como Huanglongbing (HLB) ““ tem conquistado o reconhecimento na área científica. Em dois meses, o estudo foi premiado duas vezes, um indicativo de que o emprego da técnica na área agrícola está avançando e se apresenta como alternativa aos métodos convencionais, não tão precisos e com custo elevado.

Em setembro, a estudante AnielleRanulfi, orientada pela pesquisadora Débora Milori, da Embrapa Instrumentação (São Carlos ““ SP), no curso de mestrado, conquistou o prêmio de trabalho destaque no Simpósio de Laser e suas Aplicações, realizado em Recife (PE).

No começo de novembro foi classificada em primeiro lugar no Prêmio Dow-USP Sustentabilidade (SISCA) 2014, entre os 80 participantes.

“Fiquei extremamente feliz ao receber a notícia desse prêmio. É revigorante você ter o seu trabalho e esforço reconhecidos, principalmente por uma instituição de prestígio como a USP, e por uma empresa de renome internacional como a Dow. Sinto-me honrada e completamente estimulada para continuar a fazer ciência na busca por soluções inovadoras que contribuam para as necessidades mundiais, e que ao mesmo tempo atendam os desafios atuais relacionados à sustentabilidade, assim como o compromisso de longa data que guia a empresa Dow em seus projetos”, afirma a estudante.

O prêmio

O SISCA (SustainabilityInnovationStudentChallengeAward) é realizado há seis anos e tem o objetivo de incentivar ideias, soluções e tecnologias em inovação e sustentabilidade por meio de trabalhos de ponta, além de promover e cultivar novos pensamentos sobre responsabilidade social e ambiental, auxiliando também na promoção da USP e parcerias acadêmicas no Brasil e América Latina.

Os candidatos concorreram nas categorias: saúde, meio ambiente, clima, energia, segurança de produtos, comunidade e química sustentável. Os trabalhos foram avaliados por um comitê formado por professores da USP seguindo critérios como originalidade e relacionamento com o tema.

O prêmio de R$ 22 mil, oferecido ao classificado em primeiro lugar, foi entregue no dia 11 de novembro, em cerimônia de premiação, na Escola Politécnica, com professores da USP, executivos da Dow e alunos.

O SISCA premia anualmente estudantes de 17 universidades ao redor do mundo que apresentam projetos que abordam os desafios globais em sustentabilidade.Para o diretor do Instituto de Física (IFSC/USP), Tito José Bonagamba, a premiação Dow-USP, concedida ao trabalho de mestrado “Utilização de técnicas espectroscópicas no estudo e caracterização de doenças em citros: HLB (greening) e cancro cítrico”, desenvolvido por Anielle,  egressa do IFSC/USP, “coroa, mais uma vez, essa intensa parceria de longa data com a Embrapa, que queremos preservar em função da contínua qualidade das linhas de pesquisa desenvolvidas”.

De acordo com o professor, o IFSC, além de ser notório pela qualidade da pesquisa básica desenvolvida na Unidade, tem grande reconhecimento pela sua atuação na área de desenvolvimento e inovação tecnológica. Para essas atividades, disponibiliza um programa de pós-graduação eclético, que oferece oportunidades de formação tanto em pesquisa básica quanto aplicada, recebendo alunos que podem ser orientados por pesquisadores externos à Unidade. “Esse é o caso da Embrapa Instrumentação, instituição parceira do IFSC/USP de longa data, sempre com excelentes resultados”, afirma.

Estudante realiza teste com LIBS em folha de citros - Créditos Flavio Ubiali
Estudante realiza teste com LIBS em folha de citros – Créditos Flavio Ubiali

Pesquisa

A fotônica é a área da ciência que estuda as aplicações técnicas da luz. Outras duas pesquisas recentes, que se basearam nos princípios desta área do conhecimento, foram destaques em congressos científicos realizados pelo País. Uma delas estudou a seleção de citros para melhoramento genético e a outra realizou análises da composição química de solos.

Com a técnica de Fluorescência Induzida por Laser (FIL), associada à análise molecular, a estudante Dayse DriellyDouza Santana observou que é possível fazer a diferenciação de seleções de tangerinas Sunki e usá-las como mais uma opção de porta-enxertos, que são de suma importância para a garantia da produção e produtividade de frutos.

O trabalho recebeu o prêmio de Jovem Cientista em Fruticultura na categoria Mestre de 2014, no Congresso Brasileiro de Fruticultura, realizado em agosto, em Cuiabá (MT).O estudo foi realizado em parceria com o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura e orientador da estudante, Abelmon da Silva Gesteira.

A fotônica também foi empregada para avaliar seu potencial na determinação das características físicas de solos, ou seja, a textura (granulometria). O estudante Renan Arnon Romano concluiu que a técnica LIBS tem alta possibilidade de estimar não só elementos químicos, como também as características físicas da amostra. O trabalho foi premiado na III Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos, realizada no ano passado.

São poucos os grupos de pesquisa desenvolvendo instrumentação na área. Um deles está no Laboratório de Óptica e Fotônica da Embrapa Instrumentação, São Carlos (SP), onde diversas aplicações estão sendo estudadas.

A pesquisadora DébolaMilori, que coordena pesquisas neste laboratório, explica que a técnica emprega a fluorescência induzida por laser para investigar diferenças na composição química entre folhas de uma árvore saudável e folhas de uma árvore doente, no caso de aplicação para diagnóstico de doenças em citros. “Doenças, estresses ou outras alterações podem levar a variações nas concentrações dos pigmentos e metabólitos na planta, que podem ser detectadas pela técnica fotônica de fluorescência”, diz.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2015  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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