Sergio Abud
Pesquisador da Embrapa Cerrados, membro do CESB – Comitê Estratégico Soja Brasil e coordenador da Caravana Embrapa
A necessidade crescente de usar doses mais altas ou moléculas mais caras de inseticidas e fungicidas para controlar as mesmas ou novas pragas e doenças é um dos grandes desafios para o agronegócio no Brasil. A solução para o problema é fazer o Manejo Integrado de Pragas e Doenças, utilizando todas as técnicas apropriadas, que mantenham a população das pragas em níveis abaixo daqueles capazes de causar danos econômicos às lavouras.
O Manejo Integrado de Pragas e Doenças tem como uma de suas estratégias o controle biológico, que associa o ambiente e a dinâmica populacional das pragas, conforme já ocorre na natureza há milhões de anos, e pode ser feito de duas formas:
ð Natural ou Conservativo – que tem como objetivo preservar os organismos presentes na natureza que se alimentam dos insetos-pragas, reduzindo a sua população;
ð Aplicado ou Inundativo – consiste na aplicação na lavoura de fungos, bactérias e vírus que causam doenças aos insetos-pragas, ou a distribuição de insetos parasitoides de ovos dos insetos que são pragas nas lavouras.
Essa prática reduz a ocorrência de pragas e doenças nas lavouras e ajuda na preservação dos fungicidas e inseticidas químicos e das tecnologias Bt, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental, social e econômica da produção agrícola no Brasil.