Dalyse Toledo Castanheira
Engenheira agrônoma, doutoranda em Fitotecnia – UFLA, membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD) e Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF)
Ademilson de Oliveira Alecrim
Engenheiro agrônomo, mestrando em Fitotecnia ““ UFLA, membro do GHPD e NECAF
Giovani Belutti Voltolini
Graduando em Agronomia pela UFLA, membro do GHPD e NECAF
A escolha dos materiais para o cultivo do milho está relacionada com características e tecnologias que garantem alta eficiência e produtividade da lavoura. O produtor pode optar por usar sementes com maior nível tecnológico, híbridos simples e triplos, e sementes de ciclo mais curto, possibilitando o aumento da produtividade e a diminuição dos riscos da atividade.
Cada vez mais os produtores vêm buscando materiais de alta produtividade, com precocidade, adaptados às condições de clima e solos de cada região, e com tecnologia para controle de lagartas e resistência a herbicidas. A escolha do material ideal proporciona maior rentabilidade para o produtor.
A safrinha
Com a adoção do “milho safrinha“ há uma grande procura por materiais com elevada precocidade, o que possibilita o desenvolvimento e a colheita do milho no período desejado.
Os materiais de milho dotados da tecnologia Bt, que controlam algumas espécies de lagartas e outros insetos, também são muito procurados pelos produtores. Entretanto, devido à utilização em larga escala dessa tecnologia, está havendo uma pressão de seleção dos genes de resistência nos insetos, aumentando a população dos insetos resistentes e tornando essa tecnologia ineficiente.
Oferta e demanda de milho
Atualmente, há uma tendência para o uso de materiais com maior nível tecnológico, aumentando a eficiência e possibilitando maior produtividade da lavoura. É crescente a demanda de materiais que possuem ciclo precoce e superprecoce, devido ao crescimento do sistema safrinha.
Paralelamente, também se destaca a demanda de sementes classificadas quanto ao tipo de híbrido, que está relacionada à maior demanda de tecnologia, em que o produtor visa maior lucratividade por meio do aumento da produtividade.
Empresas e instituições fornecedoras de sementes desenvolvem, constantemente, materiais cada vez com mais qualidade, vigor e produtividade. Além disso, há uma grande demanda para lançamentos de materiais que possuem genes para tolerância a estresse ambiental, maior eficiência na utilização de nutrientes e alta produtividade.
No caso específico do milho Bt, os produtores demandam por materiais que possuem maior durabilidade da tecnologia, reduzindo o risco de quebras de resistência das pragas alvo.
Híbridos do mercado
A escolha pelo híbrido a ser utilizado na propriedade deve ser realizada minuciosamente, pois sabe-se que cada material possui melhor desempenho em dadas condições. Para isso, deve ser analisado o clima, região, altitude, pluviosidade, pressão de patógenos na área, épocas de plantio, entre outros fatores, para que o híbrido possa desfrutar de seu máximo potencial produtivo e também de características como a resistência ou tolerância a fatores externos à lavoura.
Fatores determinantes
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O objetivo de qualquer produtor é obter altas produtividades de milho, e existem muitos fatores agronômicos que podem influenciar nesse sentido, sendo que muitos deles podem ser controlados nas condições de solo e clima específicas.
Uma vez que a variedade seja selecionada de acordo com as condições locais de crescimento, o milho é plantado em uma densidade que permita o desenvolvimento de uma espiga de milho por planta.
Para se atingir altas produtividades de milho, é importante maximizar o número de grãos por espiga e o peso dos grãos. Por meio de um programa de nutrição de plantas bem balanceado, o produtor pode ser capaz de cumprir esse propósito.
Em busca de altas produtividades
As cultivares disponíveis no mercado apresentam elevado potencial genético, sobretudo os híbridos. Na realidade, o potencial genético geralmente não é alcançado em nível de fazendas, mas o produtor pode, com alguns “ajustes finos“, aproximar o máximo possível do teto produtivo.
