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Nutrição potássica da goiabeira em produção

 

William Natale

Professor visitante pleno da Universidade Federal do Ceará

natale@pq.cnpq.br

 

Foto 01 - Crédito Embrapa Clima Temperado
Crédito Embrapa Clima Temperado

O potássio, assim como todos os demais macro e micronutrientes, são fundamentais para o bom desenvolvimento e produtividade dos pomares de goiaba. Esse é o critério de essencialidade que diz que a ausência de qualquer nutriente impede que a planta complete seu ciclo de vida, ou que a carênciainterfe na produção.

No caso dos pomares de goiaba, o potássio assume importância ainda maior, pois é o elemento mais exportado pelos frutos, sendo retirado dos pomares em grandes quantidades. Por exemplo, para cada tonelada de goiaba fresca exportada são retirados do pomar entre 1.500 a 2.000 g de K.

É importante reforçar, também, que o potássio desempenha funções específicas no metabolismo vegetal, sendo conhecido como o elemento da qualidade dos frutos, devido a afetar o tamanho deles, bem como o grau Brix, fundamental para a indústria.

Como e quando adubar

A adubação potássica é fundamental em qualquer fase do cultivo de goiabas, mas assume papel mais importante quando as plantas atingem a fase adulta (acima de três anos após o plantio).

A aplicação de potássio depende da produtividade que se quer atingir na área. Pomares mais produtivos requerem maior quantidade de fertilizante potássico. Além disso, a quantidade a ser aplicada é função da análise de solo. Quanto mais pobre o solo em termos de fertilidade, maior a dose a ser adicionada.

A dose ideal

Conforme dito anteriormente, a dose de potássio depende da produtividade esperada, da fertilidade do solo sobre o qual o pomar está instalado, do manejo da área, entre outras características.

Apenas para citar um exemplo, pode-se indicar 150 g de K2O por planta, quando a concentração de potássio no solo for alta e, 1.500 g de K2O por goiabeira, quando a concentração no solo for muito baixa. Isso tudo, é claro, depende de realizar uma análise de solo para obter as faixas de concentração.

Quanto custa

Conforme dito anteriormente, a maioria dos adubos utilizados no Brasil são importados. No caso do potássio, praticamente 90% do que aqui é consumido o País importa. Isso implica em custo elevado, considerando a cotação atual do dólar e a desvalorização do real.

Entretanto, as respostas à adubação potássica compensam largamente o investimento feito com a aquisição desse insumo. É importante ressaltar que aspectos de aparência dos frutos (quando o consumo é in natura), ou o grau Brix (para a industrialização) tem relação direta com o equilíbrio de potássio nas goiabeiras.Considerando isso, os investimentos em adubo potássico têm retorno garantido.

Pode-se inferir, porém, considerando o papel fisiológico desempenhado pelo K nas goiabeiras, bem como a pobreza generalizada dos solos tropicais brasileiros nesse elemento, que todo investimento em fertilizante potássico tem retorno econômico expressivo.

Essa matéria você encontra na edição de fevereiro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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