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Plantio de tomate exige variedades resistentes ao vira-cabeça

 

Hélcio Costa

Doutor em Agronomia e pesquisador do Incaper

helciocosta@incaper.es.gov.br

 

Crédito Hélcio Costa
Crédito Hélcio Costa

O vira-cabeça-do-tomateiro é causado por um vírus vulgarmente chamado de Tospovirus, com espécies diferentes, sendo as mais comuns em nível de Brasil o TomatoSpottedWiltVirus(TSWV) e GroundnutRingspotVírus(GRVV).

A maior intensidade da doença é verificada nos meses de dezembro a fevereiro, sendo os Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais onde se tem maiores danos da doença nos dias de hoje. As plantas atacadas geralmente não produzem frutos comercializáveis.

Como reconhecer a doença

Os primeiros sintomas da doença normalmente ocorrem no campo durante os 20 a 40 dias após o transplantio, em partes isoladas da lavoura. Inicialmente, as plantas apresentam paralisação no crescimento, com perda do brilho da cor verde das folhas dos ponteiros (aspecto de ferrugem).

A seguir, observa-se escurecimento das folhas e o seu arqueamento para baixo. É comum se observar a presença de anéis concêntricos nas folhas atacadas pelo vírus. Geralmente o ponteiro da planta curva-se para o lado, o que originou o nome da doença.

Nos frutos infectados verifica-se a presença característica de manchas circulares escuras em forma de anéis concêntricos.

Disseminação e condições para a doença

O vírus se dissemina de uma lavoura ou de uma planta para outra por meio de tripes, que são insetos minúsculos. Observa-se que a doença ocorre com maior intensidade em condições de temperatura de 25 a 28°C e tempo seco, que favorece o aumento da população de tripes.

Manejo da doença

Para o manejo desta doença devem-se adotar as seguintes medidas:

  • Produzir as mudas em ambiente protegido;
  • Fazer rotação de culturas por pelo menos um ano e evitar plantios escalonados de tomate na mesma propriedade;
  • Em áreas com alta incidência do vetor, evitar o plantio em épocas de temperatura alta;
  • Fazer o controle adequado de tripes, principalmente na fase inicial de transplantio no campo, e utilizar armadilhas de cor azul, que atrai os tripes;
  • Eliminar imediatamente as plantas atacadas da lavoura em qualquer fase da cultura;
  • A melhor medida de manejo é o uso dehíbridos resistentes ao vírus (atualmente existem vários), mas antes de plantá-los verifique se já foram testados na sua região.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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