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Telado é solução contra mosca-branca em jiló

 

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor em Agronomia – Nutrição Mineral de Plantas

glauciogenuncio@gmail.com

Everaldo Zonta

Doutor em Agronomia – Fertilidade dos Solos

Elisamara Caldeira do Nascimento

Talita de Santana Matos

Mestres em Fitotecnia

 

Crédito-Solpack
Crédito-Solpack

A produção do jiló (Solanumgilo) no Brasil está concentrada no Sudeste, principalmente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro é o maior produtor nacional, respondendo por 32% da produção.

A cultura caracteriza-se por ser mediamente tolerante a altas temperaturas, porém, são obtidas produtividades satisfatórias nos períodos entre primavera e verão. Seus frutos apresentam um amargo característico, sendo muito utilizado na culinária mineira.

O cultivo

Para o plantio, utiliza-se um dos maiores espaçamentos entre as solanáceas, 120 cm x 80 cm, entre fileiras e entre plantas, respectivamente. Porém, plantios mais adensados são observados no cultivo em ambiente protegido.

São disponibilizadas poucas variedades e híbridos para o plantio. Ainda menor é a possibilidade de disponibilização de plantas resistentes ao ataque de mosca-branca (Bremisiatabaci), sendo que a cultivar mais utilizada é a Solanumgilo cv. Comprido do Grande Rio, no Estado do Rio de Janeiro.

Porém, variedades como Solanumgilo cv. Gigante Jaíba, Solanumgilo cv. Morro Grande Verde Escuro e Solanumgilo cv.  Tinguá Verde Claro são ofertadas por empresas especialistas em sementes.

Para a implantação em cultivo protegido, o produtor deve atentar para o manejo adequado da irrigação, uma vez que a cultura é intolerante a condições de solo encharcado.

A necessidade nutricional gira em torno de 90 a 110 kg de N/ha, 160 a 200 kg de P2O5/ha e 80 a 100 kg de K2O/ha.

A primeira recomendação contra a mosca-branca é a utilização de mudas com garantia fitossanitária - Crédito Luize Hess
A primeira recomendação contra a mosca-branca é a utilização de mudas com garantia fitossanitária – Crédito Luize Hess

Pragas em destaque

Quanto ao manejo fitossanitário, como doença merece destaque o monitoramento e controle da antracnose (Colletotrichumgloeosporoides), para a qual as temperaturas e UR% elevadas são favoráveis à proliferação.

Quanto a pragas, o ataque da mosca-branca é severo, assim, métodos de controle visando à redução da população são necessários.

 

Principais regiões atacadas

Regiões de intensa produção de solanáceas (Sudeste) e regiões produtoras de soja (Sul e Centro-Oeste) possuem alto grau de infestação. Um fenômeno que vem se tornando comum são as revoadas de mosca-branca após a colheita da soja, principalmente no Centro-Oeste do Brasil. Assim, tais regiões funcionam como fonte primária de mosca-branca.

 

A produção do jiló no Brasil está concentrada no Sudeste
A produção do jiló no Brasil está concentrada no Sudeste

Medidas contra a mosca-branca

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), algumas práticas de manejo devem ser adotadas para a minimização dos danos econômicos causados pela mosca-branca, que seguem: destruir os restos culturais imediatamente após a colheita, principalmente se as plantas apresentarem sinais de infecção por vírus; utilizar plantas indicadoras próximas das culturas ou do local onde houver planejamento de plantio, para atrair os insetos, caso forem detectados em regiões circunvizinhas; e eliminar plantas hospedeiras (invasoras no entorno do telado e no interior do mesmo).

Vale ressaltar que é necessário não abandonar a cultura, no caso da detecção de altas densidades populacionais do inseto, que servirão como focos para infestar cultivos próximos. É importante, também, observar a direção mais comum dos ventos, caso procedam de regiões já infestadas para as não infestadas, e construir barreiras a partir de quebra-ventos.

São técnicas efetivas para o controle não transitar com veículos e materiais de manuseio, tais como caixaria e equipamentos, de áreas infestadas para o interior do telado; fazer desinfecção de equipamentos e roupas utilizadas para o deslocamento de um local infestado para outro não infestado; manter vigilância constante quanto à sanidade do cultivo; utilizar armadilhas adesivas amarelas para monitorar essas populações (uma placa de 25 x 25 cm, a cada 50 m2 de telado); incorporar o uso de detergentes neutros ou óleos minerais na proporção de 1% durante as pulverizações.

Além dessas medidas, a aplicação de inseticidas específicos é recomendada, porém, deve haver um cuidado especial para que não haja resistência induzida.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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