Segundo dados da Climatempo, até o dia 10Â os termômetros devem voltar a subir na região, mas sem calor excessivo
Depois de sofrerem com a falta de chuva e com o forte calor, as plantações de trigo estão encarando agora o frio de uma massa de ar seco de origem polar. Segundo Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, o começo de maio será frio, com mÃnimas em torno de 10ºC e máximas abaixo dos 25ºC, tornando assim possível o início do cultivo do trigo no local, que depende muito da baixa temperatura.
Apesar de estar um pouco atrasada devido aos fatores climáticos, a semeadura do trigo continua no seu prazo de zoneamento, segundo Daniel Galafassi, membro da câmara de agronomia e do CREA do Paraná. “Como o plantio do trigo é feito em março e abril e se prolonga até maio, não tivemos nenhuma perda em relação à esse produto“, diz o especialista. Daniel afirma ainda que a economia do estado do Paraná não sofrerá danos por conta do trigo. “Como o prazo é grande, a economia daqui também não sentirá prejuízos“, analisa.
Com o começo da plantação, outros fatores como geada podem preocupar os agricultores locais. Galafassi faz um alerta: “Estamos esperando que o tempo não vire novamente, porque poderá afetar no cultivo e, no caso de geada, o milho safrinha sofrerá danos, mas em relação ao trigo está tudo normal“.
Segundo César Soares, meteorologista da Climatempo, quem está no campo sabe que a noite de geada é noite de frio, mas estrelada, com poucas nuvens e ar parado. A quantidade de nuvens é um importante fator que interfere no aquecimento e no resfriamento do ar durante o dia e também durante a noite. A cobertura de nuvens é um regulador da temperatura.
Segundo Soares, entre os dias 05 e 10 os termômetros devem voltar a subir na região, mas a temperatura não deve chegar de novo na casa dos 30ºC como vinha acontecendo no mês passado. O calor também deve ser rápido, com uma nova frente fria vindo em sequência. “Ao longo do mês de maio haverá esta variação entre esfriar bastante e depois esquentar, porém nada comparável à abril“, finaliza o meteorologista da Climatempo, César Soares.