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Fosfito – Aliado no controle da Phytophthora no mamoeiro

Marcelo de Souza Silva

Engenheiro agrônomo, Mestre em Agronomia

mace-lo-souza@hotmail.com

 

Foto 01 - Crédito BrapexA podridão-do-pé do mamoeiro, ou podridão-das-raízes, causada pelo fungo Phytophthorapalmivora (Butler) Butler, é considerada uma das mais importantes doenças do mamoeiro, chegando a causar 60% de perdas à produção.

Apesar da necessidade de mais investigações quanto ao modo de ação, período de aplicação e dosagem recomendada, a utilização de fosfitos como forma de controle da P. palmivora tem sido uma das metodologias mais indicadas no combate a esta doença na cultura do mamoeiro.

Os fosfitos são compostos derivados do ácido fosforoso que se caracterizam por estimular o crescimento das plantas, além de possuírem considerável ação fungicida e não serem fitotóxicos, quando utilizados em concentrações adequadas.

Estes compostos possuem ação sistêmica e sua eficiência no controle de diversas doenças causadas pelo gênero Phytophthora se deve à supressão de doenças fúngicas foliares e radiculares. Além disso, possuem alta estabilidade nas plantas, podendo permanecer ativos por vários dias após a aplicação.

Os fosfitos agem inibindo o crescimento micelial e a esporulação do patógeno, além de induzir a planta a produzir fitoalexinas, fenilalanina-amônia-liase e compostos como a lignina e o etileno, que agem no processo de defesa vegetal. Em altas concentrações, os fosfitos atuam como inibidores diretos do patógeno, e em baixas concentrações podem estimular a produção de enzimas de defesa do hospedeiro.

Potássio em destaque

Entre as diversas formulações de fosfitos existentes no mercado, o de potássio destaca-se por afetar o crescimento micelial de diferentes espécies de Phytophthora e apresentar maior solubilidade, quando comparado a outros produtos do grupo.

O íon fosfito tem aproximadamente 7% a mais de fósforo por molécula do que o fosfato, além de apresentar alta solubilidade em água e em solventes orgânicos, sendo absorvido mais rapidamente por raízes e folhas do que os fosfatos.

Somado a isto, sua utilização vem ganhando frequente destaque na agricultura, não só pela proteção às plantas contra doenças fúngicas, mas também por proporcionar benefícios nutricionais e consequentes aumentos de produção.

Manejo

Algumas formas de aplicação do fosfito têm sido relatadas com eficiência no controle da P. palmivora, sendo a aplicação via pulverização foliar e rega do “˜colo-da-planta’ ou das raízes as mais utilizadas. A dosagem e o número de aplicações variam de acordo com a severidade da doença.

Normalmente, a adoção de uma aplicação semanal de fosfito (40% de P2O5 + 20% de K2O) na dose de 200 mL para 100 L-1 de água ou monoetilfostito 80%, na dose de 250 g para 100 L-1 de água tem sido eficiente na supressão da doença.

 O uso destes produtos também vem sendo eficiente no controle da varíola ou pinta-preta do mamoeiro (Asperisporium caricae), quando as pulverizações são realizadas com o surgimento dos primeiros sintomas da doença. O fosfito pode ser empregado ainda no controle do “tombamento“ ou “damping-off“ de mudas em sementeiras.

O tratamento preventivo de P. palmivora com uso fosfito tem promovido redução da doença.Vale salientar a importância de se utilizar a dosagem de fosfito recomendada pelo fabricante para que não haja reação fitotóxica.

Essa matéria você encontra na edição de junho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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