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Novidades na automatização no sistema hidropônico

 

Jorge Barcelos

Doutor em Engenharia Agrícola, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e supervisor do LabHidro

j.barcelos@ufsc.br

Créditio Shutterstock
Créditio Shutterstock

O cultivo hidropônico é um banho de tecnologia. Pense numa tecnologia e, possivelmente, ela pode ser aplicada na hidroponia. Sendo assim, o produtor passa o dia pensando se poderia automatizar isto ou aquilo. Mesmo que ele não consiga efetivar ou que não conheça o caminho, ele continua pensando.

Um dos fatores é que hoje em dia ninguém mais quer depender de contratação de mão de obra. A “evolução” das leis trabalhistas deixa o produtor de cabelo arrepiado. Contratar, pagar, treinar e despedir um colaborador, com todas as consequências envolvidas em cada item desses deve ser menos custoso do que investir em automação. No mínimo, o produtor fica matutando esta questão como um desafio próprio.

Há também a necessidade de redução dos riscos de perdas eventuais. Um simples sistema de alarme indicando que uma motobomba está desligada em horário inapropriado, ou que faltou luz, já ajuda muito. O fato de ter alguém na estufa não significa que irá perceber tal falha. Mas um aviso direto no celular… aaah, esse não falha.

Operações automatizadas

Com capital, o produtor poderia automatizar cerca de 90% das operações, mas no Brasil não trabalhamos e nem recebemos em dólares. Mas, também, não precisamos ser tão ambiciosos assim. Nossa realidade não exige esse nível de automação.

Por exemplo, por incrível que pareça, ainda temos muitos problemas com a qualidade dos substratos para formação das mudas. Ocorre muita variação nas características físicas e químicas dos substratos. É comum encontrar na mesma caixa de espuma fenólica placas com densidade e até cores diferentes. Então, não adianta automatizar o sistema de produção de mudas, pois o produtor tem que improvisar conforme o material recebido.

Uma boa pedida é investir na automação do microclima da estufa. Com auxílio de sensores é possível controlar de forma mais adequada e mais rapidamente parâmetros como: ventilação, sombreamento, iluminação e temperatura.

Outra dica é a automação do sistema hidráulico, incluindo a correção do volume, concentração e pH da solução nutritiva.O acionamento automático do gerador de energia é muito vantajoso quando o sistema é sensível à falta de energia. O sistema NFT e o sistema floating, por exemplo, são muito sensíveis, e a perda da produção pode ser total.

Essa matéria você encontra na edição de junho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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