FabrÃcio Passini
Gerente de Agronomia Sul – DuPont Pioneer
Pragas, doenças e plantas daninhas são alguns dos vários fatores que podem causar redução na produtividade da cultura do milho. Nas fases iniciais, principalmente, quando as plantas ainda são muito sensÃveis aos danos das pragas, as perdas podem ser significativas. Vejamos quatro fases de uma boa estratégia de manejo para este caso:
- Histórico e identificação das pragas: para começar, é importante conhecer o ambiente e saber identificar as pragas e os danos causados. Nas fotos 1 e 2 temos como exemplo as duas principais pragas da cultura do milho, o percevejo barriga verde e a lagarta-do-cartucho. Ambas atacam a lavoura nos estádios iniciais, trazendo sérios prejuízos aos agricultores.
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- Dessecação antecipada e monitoramento para uso de inseticida: a dessecação deve acontecer entre 20 e 30 dias antes do plantio, com o objetivo de controlar pragas e plantas daninhas. Porém, é preciso continuar monitorando a cultura antecessora até o momento do plantio, e quando forem encontrados percevejos e lagartas, fazer uso de inseticida. Veja mais detalhes sobre o planejamento da dessecação na figura 1.
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- Escolha da tecnologia Bt e tratamento de sementes: A tecnologia Leptra® de proteção contra insetos é mais uma ferramenta oferecida pela DuPont Pioneer que, quando associada às Boas Práticas de Manejo auxilia no controle das sete principais lagartas da cultura do milho, conforme pode ser visto na figura 1.
É importante lembrar que as Boas Práticas de Manejo são: dessecação antecipada, tratamento de sementes, adoção da área de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias, monitoramento de pragas, pulverizações complementares e rotação de culturas.
Em relação à escolha de um bom tratamento de sementes, ressaltamos como seus principais benefícios a manutenção do estande das plantas em estádios iniciais, o manejo de resistência de lagartas à tecnologia Bt, um maior espectro de controle de pragas e, quando feito de forma industrial, uma maior segurança de dose e cobertura.
- Monitoramento da lavoura implementada: o monitoramento da lavoura, principalmente nos estádios iniciais, é fundamental. Observando a figura 1, é possível perceber que para cada tecnologia ou pragas, diferentes níveis de danos determinam ações a serem ser seguidas.
No caso dos percevejos, é recomendada a aplicação para controle quando o nível de dano for atingido (média de um percevejo vivo a cada 10 plantas). Já para as lagartas são três importantes recomendações:
- a) Área de refúgio estruturado efetivo: aplicar no máximo duas vezes até V6, quando na média das amostragens 20% das plantas apresentarem nível 3 de dano na Escala Davis;
- b) Híbridos Leptra®: sempre que na média 4% das plantas estiverem no nível 3 da Escala Davis, contatar o representante comercial dos produtos marca Pioneer® ou o distribuidor da sua região para verificar a necessidade de aplicar inseticidas;
- c) Híbridos não Leptra®: aplicar sempre que, na média, 10% das plantas estiverem no nível 3 da Escala Davis.
Tratamento de Sementes Industrial(TSI)
Para garantir a dose de produto por semente, a proteção do produto e do germoplasma, e para evitar riscos de contaminação e possÃveis erros comuns do tratamento de sementes realizado na fazenda, no Tratamento de Sementes Industrial (TSI) uma alta tecnologia é adotada.
Na safrinha 2016, a DuPont Pioneer passou a oferecer o Tratamento de Sementes Industrial com o inseticida Dermacor®, que está associado ao grupo dos neonicotinoides (Poncho® e Cruiser®). A associação destes tratamentos traz importantes benefícios para os produtores, tais como:
- Maior segurança na aplicação: equipamentos especiais asseguram a cobertura, dose e qualidade fisiológica das sementes, proporcionando maior proteção, segurança e conveniência aos produtores e ao meio ambiente.
- Proteção nos estádios iniciais da cultura: a utilização de diferentes modos de ação auxilia as proteínas Bt na redução da pressão sobre as pragas, colaborando para o aumento da sua longevidade. Em um estudo realizado pela Fundação ABC, percebeu-se que com o uso de inseticidas via tratamento de sementes houve uma redução na % de plantas raspadas quando comparadas com a testemunha nos estádios V2 e V3.