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Rizomania – Doença devastadora da beterraba

Leandro Luiz Marcuzzo

Fitopatologista do Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sul

marcuzzo@ifc-riodosul.edu.br

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Uma virose encontrada recentemente no Brasil na lavoura de beterraba, chamada Rizomania, é causada pelo vírus Beetnecroticyellowvein vírus e é transmitida pelo fungo Polymyxabetae.

A única forma de produzir em áreas com a incidência desse mal é evitar a entrada de mudas contaminadas e do vetor. Esta virose não é transmitida por sementes, mostrando-se um grande problema em países da Europa.

O problema foi detectado pela primeira vez, no Brasil, em novembro de 2012, quando pesquisadores da Esalq/USP encontraram plantas de B. vulgarissubsp. vulgaris cv. Boro (beterraba vermelha) apresentando sintomas na raiz com sintoma grave de rizomania em campo comercial, localizado no município de São José do Rio Pardo (SP).

Sintomas

O sistema radicular fica com aspecto de cabeleira e a ponta da raiz necrosada. Internamente, os anéis da raiz apresentam necrose. Nas folhas nem sempre o sintoma é verificado devido à latência do vírus, mas quando se apresenta as folhas ficam cloróticas e as nervuras com lesões amarelo brilhantes e o limbo foliar verde claro.

O cultivo da cultura em área que tenha o vetor Polymyxabetae é o principal meio de transmitir a doença à planta.

Manejo

Entre as medidas de controle da doença recomenda-se evitar mudas contaminadas e o trânsito de máquinas e pessoas que tenham vindo de áreas com a doença; não descartar plantas contaminadas na lavoura a fim de dar continuidade ao ciclo do patógeno, e plantas que apresentarem o sintoma devem ser retiradas e a área isolada a fim de evitar a disseminação da doença na lavoura.

Alerta

No Brasil não há levantamentos dos danos causados pela rizomania, mas como a raiz forma inúmeras raízes em aspecto de cabeleira, a planta deixa de absorver água e nutrientes, diminuindo sua produtividade.

E, como é uma doença nova, não se dispõe de informações de resistência entre as cultivares utilizadas no Brasil. Porém, na beterraba açucareira os cruzamentos com espécies de Beta vulgaris têm mostrado determinada resistência à doença.

Essa matéria você encontra na edição de junho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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