Lavouras da São Lourenço, Brasis e Santa Rita são especializadas
na produção de cafés especiais
Os cafés especiais produzidos nas fazendas São Lourenço, Brasis e Santa Rita, na Região do Cerrado Mineiro, agora são Guima Café. A união na mesma marca é um dos pontos da nova estratégia adotada pelo grupo produtor, que foca cada vez mais no novo público consumidor de cafés diferenciados em todo o mundo. As lavouras do Guima Café somam 880 hectares e a capacidade de produção anual é de 40 mil sacas. O alvo principal é o mercado internacional, em especial Estados Unidos, Japão e Itália.
“O mercado de café vive o que se chama de terceira onda, que é marcada pelo consumo de grãos especiais e por métodos e processos diferenciados de preparo da bebida, além do incentivo ao consumo ético. A união das três fazendas e o lançamento da marca Guima Café casam perfeitamente com este momento. O que estamos levando ao mercado são grãos de altÃssima qualidade, capazes de agradar aos mais exigentes apreciadores e entendedores do mundo do café“, diz o executivo João Guimarães.
Ele ressalta as condições geográficas e climáticas ideais ao cultivo encontradas no município de Varjão de Minas, no Cerrado Mineiro, onde se encontram as três fazendas. E explica que as lavouras são dedicadas exclusivamente à produção de cafés da espécie arábica.
Para a venda ao mercado externo, as fazendas possuem certificações internacionais que garantem a rastreabilidade do produto desde a lavoura até o momento em que chega ao consumidor. De acordo com a diretora Agrícola do Guima Café, Mariana Caetano Polcaro, a qualidade do café é garantida pelo cuidado e atenção a todas as etapas de produção. “Cada talhão é devidamente mapeado, com suas variedades e tratos culturais, permitindo um alto nível de controle e precisão nas informações“, conta. Segundo ela, os cafezais são 100% irrigados por gotejamento, o que favorece a uniformidade na maturação dos grãos, e a topografia plana das lavouras permite a mecanização de toda a colheita.
Produtora de cafés desde 1979, a Fazenda São Lourenço iniciou, em 2007, um processo de renovação das lavouras, melhoria de processos e certificações, com o objetivo de produzir cafés especiais. Só em 2016, foram investidos R$ 3,5 milhões em melhorias e expansão na infraestrutura de pós-colheita. Agora, sua produção junta-se às de Brasis e Santa Rita. “Com a aquisição e o início de operação das duas novas fazendas optamos por trabalhar com uma marca única, que sirva de guarda-chuva para nossos cafés, visto que o processo produtivo tem as mesmas características, cuidados e preocupações nas três unidades“, conta João Guimarães.
Grupo BMG
O Guima Café é um lançamento do Grupo BMG, um dos maiores e mais importantes grupos empresariais do país. Além do Banco BMG, fundado há mais de 85 anos, o Grupo atua em diversos setores, como Agropecuário, de Câmaras FrigorÃficas Portuárias, Geração de Energia Limpa, Infraestrutura para Linhas de Transmissão de Energia, Negócios Imobiliários e Tratamento de ResÃduos Urbanos, Industriais e Hospitalares.
Mercado de Café
O Brasil é o maior produtor e exportador e o segundo maior consumidor de cafés do mundo. Nos últimos anos, o país tem se estabelecido, também, como um dos maiores fornecedores de cafés especiais, segmento que representa hoje cerca de 12% do mercado internacional da bebida. Segundo dados da Associação Brasileira de Cafés Especiais, a produção destes tipos de grãos alcançou 5 milhões de sacas no país em 2015, dos quais 80% foram destinados à exportação. As vendas ao exterior de cafés especiais representaram, no ano passado, 32,7% do total de receitas de exportações de café brasileiro e 24,8% do volume comercializado.
Os cafés especiais são definidos a partir de atributos de qualidade que cobrem uma ampla gama de conceitos, que vão desde características físicas como origens, variedades, cor e tamanho até preocupações de ordens ambiental e social, como os sistemas de produção e as condições de trabalho da mão de obra cafeeira.