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Manejo de produção da salsinha em hidroponia

Roberta Camargos de Oliveira

Ernane Miranda Lemes

Engenheiros agrônomos e doutorandos em Fitotecnia no Programa de Pós-graduação em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

João Ricardo Rodrigues da Silva

Estudante de graduação em Agronomia da UFU

José Magno Queiroz Luz

Doutor em Fitotecnia/Olericultura e professor da UFU

jmagno@umuarama.ufu.br

 

FotosWeber Velho
FotosWeber Velho

A salsa ou salsinha (Petroselinumsativum) é uma espécie de simples e fácil cultivo. Possui elevado valor nutritivo, sendo recomendada na prevenção de inúmeras doenças. Apresenta óleos em sua composição, com propriedades que curam febres e neuralgias, compostos antioxidantes que auxiliam na digestão, limpam e rejuvenescem a pele e fortalecem unhas e cabelos.

O cálcio presente na salsa é capaz de auxiliar na luta contra a osteoporose, mantendo ossos fortes. É também um ótimo remédio para purificar os rins e ajuda a expelir pedras renais.

Ajuda as pessoas que possuem algum tipo de fraqueza no corpo, sofre de fadigas musculares e cansaços físicos. Além disso, previne o surgimento de doenças muito sérias, como o câncer, problemas cardíacos, cataratas e infecções em geral, por fortalecer o sistema imunológico.

Cultivo

Seu cultivo é muito simples, portanto, pode ser feito de diversas formas, desde vasos, em residências, canteiros em pequenas propriedades até cultivos protegidos e em hidroponia.

As plantas se desenvolvem sob solos com textura areno-argilosa, ricos em matéria orgânica, bem drenados e ligeiramente ácidos, com pHentre 5,5-6,5. A espécie não tolera o excesso de água e temperaturas extremas.

Os produtores podem optar pelas cultivares: comum, crespa, gigante portuguesa, lisa comum e lisa preferida. As plantas são herbáceas, de caule oco, pouco ramificado, de coloração verde-clara.

Tratos culturais

A germinação da salsinha é lenta, podendo chegar a 30 dias em temperaturas mais amenas. A germinação pode ser apressada, deixando-se as sementes de molho por uma noite.

Quando as plantas estiverem com 4 a 5 cm de altura (duas folhas definitivas) faz-se o desbaste em cultivo a campo ou a transferência das plantas do berçário para os perfis de crescimento final em cultivo hidropônico.

Cultivos em ambientes protegidos, como a hidroponia, permitem melhor controle de adversidades, o que favorece a obtenção de maior produção e produtividade, menor sazonalidade e uma qualidade superior do produto.

 A salsinha em hidroponia tem como vantagem menos problemas fitossanitários - FotosWeber Velho
A salsinha em hidroponia tem como vantagem menos problemas fitossanitários – FotosWeber Velho

Sob controle

O controle da irradiância e da umidade no interior das estruturas de cultivo protegido reduz os problemas fitossanitários. No entanto, o controle para evitar que as estruturas dos patógenos e insetos entrem na área são primordiais pois, como as plantas estão mais próximas e a mesma solução corre entre elas, a disseminação e o potencial de dano são maiores.

Pragas

As principais pragas da salsa são: lagarta-rosca, lagartas, vaquinhas, pulgões e cochonilhas e as principais doenças: esclerotínia, septoriose, mancha de alternária e mofo-cinzento.

O ambiente protegido reduz a incidência inicial, desde que sejam tomadas as devidas medidas preventivas e/ou adequadas. Este aspecto é fundamental nestes sistemas, uma vez que atende à maior exigência atual, que é o fornecimento de alimentos livres de agrotóxicos.

Detalhes da hidroponia

Na hidroponia as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. O sistema deve ser composto de bancadas de germinação (berçário) e de crescimento final (desenvolvimento das plantas).

A bancada de crescimento final contém de 12 a 16 perfis, dispostos no espaçamento de 10 a 12 cm entre perfis e a mesma distância entre plantas.

É fundamental atentar-se para a solução nutritiva equilibrada e com concentração ideal de nutrientes. De acordo com a extração de nutrientes pelas plantas de salsa, recomenda-se a utilização da solução nutritiva de Furlaniet al. (1999), a qual contém, em gramas por 1.000L, 174 N-NO3; 24 N-NH4; 39 de P; 183 de K; 142 de Ca; 38 de Mg; 52 de S; 0,3 de B; 0,02 de Cu; 2,0 de Fe; 0,4 de Mn; 0,06 de Mo e 0,06 de Zn.

Pesquisas revelaram que para o desenvolvimento e produtividade de salsa, o aumento dessa concentração é mais prejudicial que a redução da mesma.

Essa matéria completa você encontra na edição de julho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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