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Dia de campo divulga novas tecnologias para a cotonicultura

 

A Amipa promoveu este evento em conjunto com a Bayer e o Grupo Farroupilha para mostrar os benefícios da cultura do algodão

 

Lício Pena de Sairre, diretor executivo da Amipa, fala que no evento é momento de discutir manejo e fazer de negócios - Fotos Luize Hess
Lício Pena de Sairre, diretor executivo da Amipa, fala que no evento é momento de discutir manejo e fazer de negócios – Fotos Luize Hess

No dia 07 de julho, na Fazenda Rio Brilhante, em Coromandel (MG), aconteceu o Dia de Campo Amipa para difundir as muitas tecnologias à disposição do cotonicultor. Na ocasião, Cláudio Silveira, consultor na área de algodão, palestrou sobre o ambiente de cultivo em que a cultura está inserida, discutiu a época de plantio, cuidados no preparo de solo, condução da lavoura e colheita.

“Na cotonicultura o principal gargalo é aumentar a produtividade, pois estacionamos o nosso nível de produção e está difícil sair das 300 arrobas.Outro obstáculo é o controle do bicudo. Assim, o produtor precisa dar mais atenção às recomendações já existentes, que foram desenvolvidas pela pesquisa. Além disso, ele tem que melhorar o aprendizado de como fazer as práticas culturais, que são os principais gargalos“, destaca Cláudio, recomendando que os pontos fracos sejam corrigidos, para elevar o nível de produtividade.

Entre as muitas variedades e tecnologias novas, o especialista diz que é preciso atentar aos detalhesde como implementar tudo isso no campo. “É preciso mais cuidado no momento do plantio, ou seja, uma revisão da capacidade que o produtor tem em termos de equipamento e área de plantio, fazendo a melhor adequação.O planejamento do produtor deve ser avaliado com detalhes, além do capital“, pontua.

O processo produtivo é muito simples, composto de três pontos: potencial genético da variedade, ambiente em que a planta será inserida e o manejo da lavoura (controle de pragas, doenças, nutrição e manejo de plantas daninhas). “A tecnologia e a informação existem, só precisamos trabalhar em cima de detalhes“, destaca Cláudio.

Lício Pena de Sairre, diretor executivo da Amipa, fala que no evento é momento de discutir manejo e fazer de negócios - Fotos Luize Hess
Lício Pena de Sairre, diretor executivo da Amipa, fala que no evento é momento de discutir manejo e fazer de negócios – Fotos Luize Hess

Relacionamento mais próximo

O intuito do evento, além de compor o calendário da Amipa, foi estreitar o relacionamento com os associadose agentes da cadeia, pois o evento sempre reúne revendas, corretores e indústrias têxteis. “É um momento de fazer negócios, de relacionamento, discutir manejo e conhecer um pouco mais das variedades de algodão“, conta Lício Augusto Pena de Sairre, engenheiro agrônomo e diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão.

A Bayer foi a patrocinadora do evento, e aproveitou para apresentar suas variedadesjá implantadas na fazenda. “O balanço do evento foi muito positivo, com a presença maciça dos associados de todo o Estado. Tivemos a presença do Instituto Brasileiro do Algodão(Iba),um órgão que financia bons projetos ligados ao setor, da indústria têxtil, que consome a plumaproduzida pelos associados, dos corretores da pluma de algodão,que são as pessoas que fazem a interligação entre a indústria e o produtor, e das empresas de insumos, sementes e nutrição“, detalha Lício de Sairre.

 

 Inácio Carlos Urban, presidente da Amipa - - Fotos Luize Hess
Inácio Carlos Urban, presidente da Amipa – – Fotos Luize Hess

Troca de informações

Inácio Carlos Urban, proprietário da fazenda onde aconteceu o evento e presidente da Amipa, valoriza a troca de informações. “A Amipa promoveu este evento em conjunto com a Bayer e o Grupo Farroupilha para mostrar os benefícios da cultura do algodão.Somos uma indústria a céu aberto e temos problemas em todos os sentidos, sejam climáticos, políticos,trabalhistas e de preço. Diante disso,a troca de informações entre produtores nesses eventos é de extrema importância e todos saem ganhando.Fiquei surpreso como dia de campo, pois recebemos sindicatos de indústrias, as próprias indústrias, corretores, empresas de defensivos, de sementes e produtores. Fiquei muito feliz com a presença de todos“, orgulha-se.

“Eu, como produtor, obtive excelentes resultados com as variedades da Bayer. Também achei muito interessante essas empresas multinacionais, detentoras das sementes, nos trazerem informações sobre a indústria, ou seja, o tipo de algodão que essas elas buscam no mercado. Com isso, plantamos as variedades que melhor atendem as exigências“, opina Inácio Urban.

Inácio Urban elogia os resultados em conhecimentos e variedades da Bayer que vão de encontro tanto às necessidades do produtor quanto da indústria.

Fabiano Soares Nogueira, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais - Fotos Luize Hess
Fabiano Soares Nogueira, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais – Fotos Luize Hess

A indústria

Fabiano Soares Nogueira, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais(SIFT-MG), fica maravilhado a cada edição do Dia de Campo Amipa que participa. “Uma das forças da indústria têxtil é a produção de algodão no Brasil.O Brasil é autossuficiente em produção de algodão e ainda consegue exportar,o que nos dá a longevidade que o setor está tendo.A cada ano observamos que a qualidade do algodão melhora. Isso é fundamental, porque é uma evolução também da indústria. As máquinas também vão modernizando e ficando mais velozes“, avalia Fabiano Nogueira.

Para ele, o setor precisa contar com uma matéria-prima cada vez mais adequada,e o Brasil está dando exemplo nessa questão. “Só tenho que parabenizar essa turma. O Grupo Farroupilha, então, é fantástico“, elogia.

Cláudio Silveira, consultor na área de algodão - Fotos Luize Hess
Cláudio Silveira, consultor na área de algodão – Fotos Luize Hess

Linhas de financiamento

O Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) vem tentando contribuir com o segmento. “Temos algumas linhas aprovadas entre Brasil e Estados Unidos que vão desde de controle de pragas até a promoção do uso do algodão, com casos de sucesso em Minas Gerais“, relata Gustavo Rodrigues Prado, diretor técnico do IBA.

O instituto tem também projetos de sustentabilidade, e busca promover a utilização de ferramentas de gestão nas associações, com resultados positivos.

O IBA é uma associação sem fins lucrativos e suas associadas são as Associações Estaduais dos Produtores de Algodão(Abrapa). “Para o sucesso do algodão estamos frisando o compartilhamento de problemas e soluções, a troca de informações e as tecnologias propostas.O IBA está coletando exemplos de boas práticas de alguns Estados e levando para outros. O nosso papel de promover esse compartilhamento é fundamental,principalmente no momento de crise“, finaliza Gustavo Rodrigues.

Gustavo Rodrigues Prado, diretor técnico do IBA - Fotos Luize Hess
Gustavo Rodrigues Prado, diretor técnico do IBA – Fotos Luize Hess

Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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