Prejuízo da safra 2015/2016 foi de aproximadamente 15%; regiões do sul do estado foram as mais afetadas
Entre os meses de março e abril, o clima comprometeu diretamente as plantações de arroz no Rio Grande do Sul. O período, utilizado para colheita da cultura, teve um excesso de chuvas, o que causou prejuízo na produção. De acordo com a Climatempo, o alto nível de pluviosidade foi provocado pela influência do fenômeno El Niño. Na cidade de Camaquã, localizada ao sul do estado, choveu aproximadamente 450 mm, em março. A média local para o período é 108 mm. Em Abril, choveu 180 mm e depois a chuva foi diminuindo.
De acordo com representantes do setor arrozeiro de Camaquã, quando chove em excesso no plantio, o produtor não consegue trabalhar a lavoura e, consequentemente, não atinge um arroz de qualidade. A pluviosidade e o tempo instável também atrapalham a floração. Na colheita, o principal problema é a queda da planta, que acaba vindo a solo e não consegue se desenvolver como deveria.
O produtor precisa sempre estar atento à questão da água para não ter prejuízos em sua plantação. Durante o La Niña (previsto para começar a atuar em setembro), por exemplo, o agricultor que plantar com atraso, enfrentará problemas por conta da falta de chuvas no meio e no fim do manejo da lavoura.
A estimativa do prejuízo na atual colheita é de 15%, enquanto na área plantada 5%. Para minimizar as perdas, os produtores foram obrigados a elevar o preço do arroz em até 40%. Devido à falta do produto na região, as importações estão tendo um peso maior. Uruguai, Argentina e Paraguai são os principais exportadores da cultura para o Rio Grande do Sul.
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