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domingo, novembro 24, 2024
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Aminoácido reduz estresse no transplante do morango

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor em Nutrição Mineral de Plantas

glauciogenuncio@gmail.com

Elisamara Caldeira do Nascimento

Talita de Santana Matos

Mestres em Fitotecnia

Everaldo Zonta

Doutor em Agronomia – Fertilidade do Solo

 

FotosShutterstock
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O morango é uma cultura de excelente valor agregado, com sazonalidade em função de sua fisiologia (planta fotoperiódica) e existente em termoperiodicidade. A condução do morangueiro é de caráter anual, com replantio após a safra. Porém, a irradiância e a irrigação inadequada podem influenciar no crescimento e desenvolvimento da cultura.

Para o cultivo do morangueiro, as mudas, via de regra, são adquiridas na forma de estolão. O produtor que decidir produzir as próprias mudas deve considerar o período que compreende o final da primavera e o início do outono. Por outro lado, a colheita se dá após dois meses de transplante do estolão, com período estendido até o outono.

Entenda melhor

O estolão é uma estrutura propagativa, caracterizada por ser um segmento do caule com crescimento horizontal, em que suas gemas diferenciam-se em raízes e folhas, com a formação de novas plantas idênticas às plantas matrizes.

O estolão é a estrutura comercializada cuja finalidade é a obtenção de mudas e, ao ser transplantado para o canteiro ou para os sistemas hidropônicos (substratos ou NFT) merecem cuidados para que seu pegamento seja eficiente. Ressalta-se que a produção ou aquisição de mudas pode corresponder a 25% do custo de produção da cultura.

De olho no estresse

Os sintomas de estresses, nesta fase que é crítica, são: secamento por déficit hídrico e doenças, tais como a antracnose, por ser tratar de mudas com ferimentos. Assim, a manutenção da tensão do solo próxima a -0,03 Mpa e o tratamento com produtos que reduzam a infecção biótica são de fundamental importância nesta fase.

 

Prejuízos

Os prejuízos causados pelo estresse ao morangueiro são: desuniformidade no talhão, com consequente redução na produção, produtividade e qualidade de frutos. As mudas com estresse podem sofrer ataques significativos de ácaros e infecção de antracnose.

 

FotosShutterstock
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Solução – aminoácidos

Uma variável importante na produção da muda é a seleção de estolões com maior tamanho de coroa. O tamanho da coroa associado a temperaturas baixas favorecem uma maior síntese e acúmulo de açúcares, que têm como função a geração de energia fundamental para a formação de raízes.

O uso específico de biopromotores contendo aminoácidos ou que induzam a síntese destes é fator agregador na produção de hortícolas, principalmente do morango, dado o seu elevado valor agregado.

Assim, a aplicação ou a indução do aminoácido glicina, por exemplo, aumenta a síntese de clorofila, assim como a síntese de metionina é importante para a síntese de etileno, hormônio este responsável pela maturação dos frutos.

Já a síntese de tirosina e a fenilalanina é importante por estes serem responsáveis pela produção de compostos do metabolismo secundário, que se destacam por atuarem na resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças.

Por fim, a síntese de triptofano é importante por este aminoácido ser precursor do hormônio de crescimento ácido indolacético (AIA).

Viabilidade

O uso de fertilizantes contendo agentes que induzam a síntese ou acréscimos de triptofano no metabolismo vegetal é interessante, por este aminoácido produzir auxina, hormônio responsável para formação de raízes laterais e adventícias, assim como no desenvolvimento de gemas florais.

Ressalta-se que o triptofano é um hormônio de síntese natural nas plantas, destacando-se como constituinte de proteínas e precursor intermediário da biossíntese do ácido indolacético (auxina).

Por outro lado, o uso de biopromotores que induzem a síntese de glicina betaína é importante na fase de estolão, uma vez que a glicina atua como agente protetor da planta, mantendo o equilíbrio do potencial hídrico entre a célula e o ambiente.

Naturalmente, em condições de estresse há um aumento significativo de glicina betaína celular e, consequentemente, um aumento do nível da tolerância do morangueiro ao transplante.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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