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Aplicação de extrato de alga aumenta potencial produtivo

Douglas José Marques

Doutor e professor em Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS)

douglas.marques@unifenas.br

Kleidson Franco

Engenheiro agrônomo e Desenvolvimento Técnico de Mercado-UPL CropNutrition

Thiago Virginio Pereira

Engenheiro agrônomo e Representante Técnico de Vendas-UPL CropNutrition

 

CréditoShutterstock
CréditoShutterstock

O extrato de alga da espécie Ascophyllumnodosum (L.), popularmente conhecida como alga parda ou marrom, devido à coloração marrom amarelada que apresenta quando viva, tem se mostrado favorável à agricultura.

Este material vegetal é colhido nas águas do Atlântico Norte, na Irlanda e na costa do Canadá, sendo uma fonte natural de macro e micronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe, Mn, Cu e Zn), aminoácidos (alanina, ácido aspártico e glutâmico, glicina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, tirosina, triptofano e valina), citocininas, auxinas e ácido abscísico, que são substâncias que afetam o metabolismo celular das plantas e conduzem ao aumento do crescimento, bem como ao incremento da produtividade.

No Brasil o uso desta agrotecnologia ainda se encontra em fase inicial de estudo, porém,a técnica já é amplamente utilizada, principalmente na Europa e EUA, onde tem se observado efeitos sinérgicos na produção de cerais, hortaliças e frutíferas.

Produtos obtidos a partir do extrato da alga Ascophyllumnodosum têm sido utilizados como bioestimulantes em diversas culturas. No Brasil, o uso deste extrato se enquadra como agente complexante em formulações de fertilizantes para aplicação foliar e em fertirrigação.

Benefícios

O extrato da alga tem como principais benefícios:

ÃœEstimular as respostas das plantas às doenças e estresses abióticos;

ÃœPromover o crescimento vegetal, pois contém macro e micronutrientes, carboidratos, aminoácidos e estimuladores de crescimento;

ÃœMelhorar alguns processos fisiológicos das plantas, como a absorção de nutrientes e a fotossíntese;

ÃœAumentar a atividade de síntese da fitoalexinacapsidiol e a peroxidases em plantas, o que favorece a resistência das plantas às doenças.

Manejo

O extrato de algas pode ser aplicado de várias formas:

üPulverizadores foliares;

üAplicações por fertirrigação;

üAplicação no sulco de plantio;

ü Tratamento de sementes;

üAplicação associada a outros produtos, desde que haja compatibilidade com outros insumos agrícolas.

As aplicações no solo devem ser feitas no período de sete dias após o transplante. Quanto às aplicações via foliar, devem ser divididas da seguinte forma:

→ No pegamento do fruto;

→ 14 dias após o pegamento;

→ 30 dias após o pegamento;

→ Com intervalos de 2-3 dias entre cada colheita.

Resultados

Estão sendo feitas várias pesquisas no setor de Olericultura e Experimentação da UNIFENAS, avaliando a aplicação foliar do WuxalAscofol nas culturas da cebola, batata, tomate e beterraba.Os resultados prévios mostram o possível efeito benéfico no incremento da taxa fotossintética e na produção.

Deve-se ter cautela na aplicação do extrato de alga no tomateiro, porque a produção de muita folha na planta diminui a produção dos frutos.

Custo da aplicação

O custo da aplicação do extrato de algas vai depender da marca do produto. O valor atual está em torno de R$ 120,00 por hectare.

Benefícios proporcionados pelas aplicações do extrato de algas no solo:

ðFavorece os microrganismos benéficos à planta e aumenta o efeito supressor de doenças do solo;

ðInduz o crescimento das raízes;

ðFavorece o estabelecimento da cultura, melhora a sanidade das plantas, o que irá aumentar a produtividade, proporcionando maior lucro para os produtores.

Essa matéria você encontra na edição de setembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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