Adriana de Castro Correia da Silva
Engenheira agrônoma e professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Aquidauana
São quatro as espécies de pitaia cultivadas no País: Hylocereusundatus (pitaia rosa, de polpa branca), Hylocereuspolyrhizus (pitaia rosa, de polpa roxa), Hylocereussetaceus (pitaia “baby”, rosa, de polpa branca) e Hylocresusmegalanthus (pitaia colombiana, amarela, de polpa branca). Essas duas últimas espécies apresentam espinhos em sua casca, mas são facilmente removidos quando os frutos estão maduros, para comercialização.
A espécie H. setaceus é nativa do Brasil, podendo ser encontrada vegetando naturalmente no Cerrado brasileiro. Não há, ainda, seleção de variedade. Na maioria dos pomares os próprios produtores realizam a multiplicação de seus materiais, por meio da estaquia, o que garante a uniformidade do pomar e a precocidade da produção.
Assim, a pouca variabilidade faz com que não haja muita opção de diversificação ao produtor e, consequentemente, ao consumidor. Entretanto, é possível observar, entre os pomares, diversidade entre as plantas cultivadas, porém, tudo é tratado como uma coisa só.
Assim, a caracterização desse material, utilizando-o em programas de melhoramento genético ou até mesmo como variedade, pode permitir melhoria do produto, padronizando-o para comercialização e dando mais opções para o consumidor e o produtor.
A demanda pelo melhoramento genético é grande, uma vez que não há, no País, variedade comercial de nenhuma das espécies cultivadas. A pitaia é propagada apenas por estacas (que é uma forma de clonagem, que resulta em plantas idênticas à planta mãe), e praticamente não há variabilidade genética.
Assim, problemáticas como, por exemplo, plantas autoincompatÃveis (o que dificulta a polinização e, consequentemente, a produção de frutos) são multiplicadas.