A Bela Vista Florestal, empresa localizada no município de Campo Belo (MG), realizou nos dias 29 e 30 de julho o Dia de Campo do Cedro Australiano. Este foi o primeiro evento exclusivo sobre a espécie no Brasil, devido ao grande interesse dos produtores rurais.
O evento contou com cerca de 100 participantes, entre produtores rurais, investidores, consultores florestais, representantes de grandes empresas consumidoras de madeira, professores e pesquisadores da área florestal.
Detalhes
O dia de campo foi dividido em duas etapas: uma tarde de palestras (29 de julho) e demonstrações em campo (30 de julho). As palestras ministradas pelos diretores da empresa, pesquisadores e clientes cumpriram o objetivo da Bela Vista Florestal, que era de divulgar o nível tecnológico que já foi alcançado com a espécie, abrangendo todas as etapas de cultivo, inclusive a produção e comercialização da madeira serrada.
Eduardo Stehling, biólogo e gestor de melhoramento e produção da Bela Vista Florestal, conta que o primeiro dia ocorreu com conteúdo diversificado e palestrantes de peso no contexto florestal e da cultura. “A introdução foi feita pelo Sr. Walter Rezende, presidente da Comissão de Silvicultura da CNA. A parte de melhoramento genético do cedro australiano no Brasil foi proferida pelo professor Sebastião Carlos da Silva Rosado, posteriormente homenageado pelo seu brilhante trabalho no desenvolvimento cientÃfico da cultura“, relata.
A cultura e o manejo do cedro australiano foi o tema desenvolvido por Eduardo Stehling, que foi sucedido pelo produtor Fernando Corrêa Andrade Urbano, que fez um relato da experiência bem sucedida de implantar 120 hectares de cedro australiano, mostrando diferentes aspectos e o sucesso obtido em seu empreendimento.
Já o pesquisador da Embrapa Florestas, Edilson Batista Oliveira, falou sobre seu trabalho com o SisCedro, o software gratuito para manejo e análise econômica de plantações de cedro australiano, iniciativa proveniente da cooperação entre Instituto Ipê, Caeté Florestal e Embrapa Florestas.
Uma esperada apresentação foi a da Líder Interiores, sobre a utilização da madeira de cedro australiano e o mercado consumidor de madeira, cujo palestrante foi o gerente industrial da empresa, Hales Fonseca.
O primeiro dia fechou com a palestra sobre o mercado consumidor de madeira nobre e a experiência da Bela Vista Florestal, por Ricardo Vilela, diretor comercial da Bela Vista Florestal.
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Segundo dia
No segundo dia do evento foram feitas diversas demonstrações na Fazenda Bela Vista, onde os participantes presenciaram todos os estágios do cultivo do cedro australiano.
A visita iniciou-se no viveiro com a apresentação das matrizes selecionadas nos jardins clonais de cedro australiano, passando pelas casas de vegetação, pátios de crescimento de mudas em diversos estágios de desenvolvimento, e setor de expedição.
Também foram plantadas mudas para o aperfeiçoamento de quem está planejando implantar plantios de cedro.
Nos plantios, conta Eduardo Stehling, foram vistas diversas operações de manejo florestal, como a desrama, desbastes seletivos e sistemáticos, e discutidos aspectos importantes, como espaçamento, correções de solo e adubações.
O segundo dia terminou na serraria da Bela Vista Florestal, onde foi realizado desdobro de toras de cedro, ilustrando o processamento até a secagem da madeira em estufa, mostrando a organização necessária para uma boa secagem.
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Bela Vista Florestal
Atualmente, a Bela Vista Florestal tem vivenciado uma grande procura de madeira por empresas consumidoras para os mais variados fins, como laminadoras, fabricantes de palitos, instrumentos musicais, barcos, forros, móveis e esquadrias em geral.
“É muito importante mostrar para o mercado e para os produtores as perspectivas do negócio e seu excelente momento tecnológico, em que ambas as partes se beneficiam do conhecimento e materiais genéticos criados. Dessa forma, no decorrer do Dia de Campo ficou claro para o produtor interessado em produzir madeira de alta qualidade o porquê o cedro australiano é uma opção segura de investimento“, avalia Ricardo Vilela, diretor da empresa.
O evento, que também contou com a participação da ProduquÃmica, NaanDanJain e Máquina Forte, mostrou que com conhecimento, boas parcerias e perseverança, é possível alcançar grandes objetivos.
É esperado que em 2017 ocorra uma nova edição do evento, visando ampliar ainda mais a capacitação dos produtores e técnicos envolvidos na cultura, além da divulgação da espécie. E é transferindo conhecimento que a cultura avança no Brasil, mostrando cada vez mais seu nobre potencial.