17.5 C
Nova Iorque
domingo, novembro 24, 2024
Início Revistas Grãos Adubação biológica na sanidade vegetal

Adubação biológica na sanidade vegetal

Maria StefâniaCruanhes D´Andréa-Kühl

Analista de Pesquisa e Desenvolvimento daMicrobiol Indústria e Comércio Ltda

 

Crédito Microgeo
Crédito Microgeo

O adubo Microgeo® é um produto biológico constituído de microrganismos, nutrientes e fitormônios que proporciona, além de benefícios físicos, químicos e biológicos ao solo, o desenvolvimento da sanidade vegetal, garantindo a produtividade da cultura.

O aumento da biodiversidade microbiana do solo, promovido pelo uso da adubação biológica Microgeo®, permite a supressão de pragas e doenças por meio dos mecanismos de competição por sítios de colonização, reação de defesa da planta pela colonização micorrízica e melhora do estado nutricional do vegetal (Marschner, 2012), garantindo a sanidade da cultura por meio de seu equilíbrio metabólico.

Além disso, quando em contato foliar, Microgeo® ativa a indução de resistência vegetal. A adubação biológica é uma importante ferramenta que, integrada no manejo agrícola (MIP), atua de forma sinérgica quando aplicada em conjunto com os demais defensivos biológicos e químicos.

Recomendações

O adubo biológico pode ser aplicado no solo nas dosagens de 150 ou 300 L/ha, de acordo com a cultura. Neste caso, ele atua na supressão de doenças e nematoides, garantindo maior eficiência radicular e produtividade da cultura. Em um ensaio instalado em Rondonópolis (MT) no cultivo de soja, o adubo biológico promoveu maior produtividade em solo com presença de nematoides, atingindo com significância estatística de 4,5 sacas a mais do grão (da Silva, 2014).

Além da aplicação ao solo, aadubação biológica pode ser realizada via foliar. As doses recomendadas variam de 0,5 a 1% para hortaliças e flores e de 3 a 5% para as demais culturas. As aplicações devem ocorrer de três a quatro vezes ao longo do ciclo da cultura, podendo ser aplicado em conjunto com os defensivos.

Sua ação foliar é na indução de resistência vegetal, caracterizada pela ativação dos sistemas de defesa da planta. A indução de resistência ocorre quando a planta passa a produzir as fitoalexinas e proteínas relacionadas a patogêneses ““ PRP´s, que são compostos capazes de diminuir ou impedir o desenvolvimento de agentes patogênicos.

 

Pesquisas

Trabalho desenvolvido por Schwan-Estrada et al. (2016), comprovou que doses foliares do Adubo Biológico Microgeo®, variando de 0,5 a 5%, garantiu por até cinco dias a produção de PRP´s (peroxidases, catalase, β1,3-glucanase e polifenoloxidase) e de fitoalexina (gliceolina). Portanto, aplicações foliares do produto garantem a proteção contra doenças fúngicas, insetos e ácaros.

Em um ensaio desenvolvido por Medeiros (2002) avaliando a oviposição do ácaro Brevipalpusphoenicis, recebeu Microgeo® como tratamento as folhas de feijão que não continham ácaros. A mortalidade do ácaro nas plantas testemunhas foi de apenas 28%, enquanto nas plantas com Microgeo® foi de 39%, sendo 15,3% maior que a testemunha.

Outro trabalho realizado por Berzaghiet al. (2001), no qual ácaros rajados (Tetranychusurticae) foram submetidos à pulverização do adubo biológico em diferentes concentrações, verificou-se uma diminuição linear na fecundidade do ácaro com o aumento da concentração do adubo biológico, chegando a 88% de redução do número médio de ovos por fêmea.

Estes resultados evidenciam o efeito da indução de resistência vegetal, causando efeito deletério sobre os ácaros.A biotecnologia Microgeo® somada à engenharia genética aplicada na resistência das variedades das culturas atuais e ao uso racional de defensivos garante a sanidade do sistema produtivo de forma sustentável.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes