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Versatilidade no cultivo de amoras

 

Antônio José Porto

Doutor em Zootecnia, pesquisador Científico da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Gália-SP (UPD/Gália), Polo Regional Centro-Oeste, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA)

porto@apta.sp.gov.br

Crédito Luis Correa Antunes
Crédito Luis Correa Antunes

A amoreira é uma planta de múltiplas funções, sendo todas as partes utilizáveis (raízes, tronco, casca, ramos, folhas e frutos). Áreas de uma propriedade rural que estejam subutilizadas, como margens de estradas, carreadores, cercas, curvas de nível, encostas, entre outras, podem ser preenchidas com amoreiras, conduzidas na forma de árvore ou arbusto, tornando-se uma opção interessante de renda para pequenos e médios produtores.

Tais plantas podem fornecer folhas para a criação do bicho-da-seda e alimentação animal (monogástricos e ruminantes), ou mesmo produzir frutos para a confecção de licores, geleias e compotas. Outra possibilidade, para um futuro próximo, é a produção de folhas para atendimento da indústria farmacêutica, tendo em vista suas propriedades fitoterápicas.

Outra opção é o plantio da amoreira consorciada com outras culturas.

O que fazer

Quando utilizada para a criação do bicho-da-seda, a amoreira deve ser conduzida de forma a produzir folhas em quantidade e qualidade adequada à alimentação das lagartas.

No Brasil, padronizou-se o sistema de cepo, que consiste em conduzir a planta na forma de touceiras, em que os ramos (talos mais folhas) são cortados rente ao solo, após um período de desenvolvimento (rebrota) de 60 a 90 dias após poda, conforme a cultivar utilizada.

De acordo com estudo realizado por SABBAG et al. (2013), para uma produção de casulos de 1.904 kg na safra (nove criadas), em que as despesas com mão de obra foram de 51,50% do custo operacional efetivo e 35,50% do custo operacional total, o índice de lucratividade superou a cifra de 50% e a taxa interna de retorno foi de 9,68%, já no segundo ano de produção. A sericicultura pode ser considerada uma atividade rentável e viável a curto e longo prazos, principalmente por resultar em rápido retorno do investimento.

Embora as lagartas do bicho-da-seda apresentem uma grande capacidade de compensar as deficiências de água e nutrientes nas folhas, regulando seu consumo, recomenda-se adequar a qualidade da folha conforme a fase larval do inseto, de forma a fornecer folhas mais tenras (maior conteúdo de umidade) nos primeiros instares (1º, 2º e 3º) e folhas mais maduras (não passadas) nos últimos instares (4º e 5º).

Assim, será obtido o máximo aproveitamento alimentar, com um mínimo de custo energético para o inseto e consequente melhoria na produção do casulo e da seda. Uma folha de amoreira de boa qualidade deve apresentar teor de umidade entre 70 e 80% e um teor de proteína entre 20 e 25%.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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