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PCEM cria rede cooperativa de experimentação para desenvolver tecnologia e aumentar a produtividade dos canaviais

14889728_991270077666107_7676706909237598468_oA produção de cana-de-açúcar (Saccharum spp) é um importante fator econômico no Brasil, constituindo-se como base da agroindústria sucroenergética. Segundo dados do CEPEA, no ano de 2015 o PIB (Produto Interno Bruto) do setor alcançou R$ 113,26 bilhões, com aumento de 5,01% em relação ao ano anterior. Os estados do centro-sul do Brasil, destacando-se São Paulo, concentram a produção de cana-de-açúcar e as unidades de processamento desta matéria-prima.

Ao longo dos últimos anos, muito se tem discutido sobre como aumentar a eficiência de produção da cana-de-açúcar, que apresenta alto potencial de crescimento, mas que sofre com limitações relacionadas ao manejo das áreas de cultivo, à conservação dos solos e à longevidade dos canaviais. Pesquisadores, fornecedores e usinas têm unido seus esforços para alcançar um maior nível tecnológico de produção e, consequentemente, maiores produtividades.

Neste sentido, o PCEM ““ Programa Cooperativo de Experimentação e Manejo, idealizado pelos Professores Doutores Godofredo César Vitti e Rafael Otto, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz“ ““ ESALQ/USP, surgiu com o objetivo de criar uma rede cooperativa de experimentação, visando alcançar o desenvolvimento tecnológico para aumento da produtividade dos canaviais. Neste programa são conduzidos experimentos para avaliar e validar diferentes aspectos do manejo da fertilidade dos canaviais, com técnicas inovadoras ou já utilizadas comercialmente nas usinas, repetidos em diversas unidades produtoras com condições edafoclimáticas variadas.

A ideia para a organização desta rede de experimentação foi apresentada no VII Simpósio “Tecnologia de Produção de Cana-de-açúcar“, realizado em Piracicaba-SP em julho de 2015. A partir de então, grupos produtores que se interessaram pela iniciativa se associaram ao PCEM e instalaram em suas áreas experimentos que avaliaram o uso de boro e magnésio na maturação da cana-de-açúcar, adubação nitrogenada, potássica e fosfatada.

É interessante destacar que o volume de dados gerados com estes experimentos é compartilhado entre as usinas e permite a tomada de decisões de ordem prática com embasamento científico e confiabilidade estatística. Os experimentos foram acompanhados pelas equipes de experimentação das próprias usinas e por alunos do GAPE ““ Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão, que auxiliaram na condução de todos os experimentos.

Após o primeiro ano do programa, nos dias 26 e 27 de outubro de 2016, foi realizado o I Encontro Técnico do PCEM em Piracicaba-SP. Neste encontro, as usinas participantes enviaram seus representantes para dois dias de discussão técnica e científica, apresentação dos primeiros resultados dos experimentos e definição das próximas etapas do programa.

Este evento contou com a apresentação de temas como inovações em adubação, monitoramento climático e potencial produtivo, apresentados por pesquisadores do IAC, ESALQ/USP, UNESP e consultores. Foram apresentados os resultados iniciais obtidos com o experimento de B e Mg na maturação da cana-de-açúcar e decididos novos experimentos para o próximo ano, que avaliarão o manejo ideal para o alcance da produtividade potencial e o uso de calcário de alta reatividade em soqueiras.

Participam do PCEM os grupos Adecoagro, Biosev, Bunge, Cerradão, COFCO Agri, Guarani, Raízen, São Luiz de Ourinhos, São Martinho e Vale do Paraná. O Programa é coordenado cientificamente pelo Professor Doutor Rafael Otto (ESALQ/USP) e tecnicamente pelo Engenheiro Agrônomo Gerson José Marquesi de Souza Netto.

De forma geral, o PCEM se apresenta como uma fonte de inovações e soluções para o setor canavieiro e ressalta a importância do compartilhamento de informações entre os grupos produtores para que a produtividade da cana-de-açúcar alcance os “3 dígitos“.

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