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Plantas daninhas interferem no desenvolvimento do eucalipto

 

 

Paulo Henrique Leite Machado

Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)/BachelorofAgriculturalSciences – Universityof Adelaide (UofA) ““ Austrália e membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD)

paulohleitem@gmail.com

Marcos Vinícius de Oliveira Gonçalves

mviniciusgon@hotmail.com

Celso Magalhães de Lima Dias

celsocmld@yahoo.com.br

Graduandos em Agronomia pela UFLA e membros do GHPD

Crédito Caio Carbonari
Crédito Caio Carbonari

O manejo de plantas daninhas é de extrema importância para o melhor desenvolvimento e produção de uma cultura, seja ela anual ou perene. No caso do eucalipto, uma espécie exótica anteriormente rejeitada por muitos produtores e que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, o manejo de plantas daninhas deve ser realizado de forma distinta ao controle em plantas anuais e com especificidades à cultura.

Este tipo de manejo em culturas como a do eucalipto torna-se extremamente importante, pelo fato de a presença dessas plantas comprovadamente influenciar de forma negativa sobre o diâmetro e matéria seca de caules e ramos do eucalipto, de onde podem ser extraídas suas matérias-primas, como o carvão, madeira e celulose. Consequentemente, as mesmas aumentam o custo final de produção, oneram as atividades e reduzem drasticamente a produção.

Manejo adequado

São três os principais métodos empregados no manejo dessas plantas daninhas, que buscam minimizar a competição com o eucalipto. Esses métodos são o químico, realização de roçadas mecanizadas periodicamente e roçadas manuais.

Contudo, a escala de produção, aliada ao custo elevado da mão de obra e/ou escassez da mesma, fazem com que a opção pela utilização de herbicidas seja uma alternativa mais barata, de grande praticidade e que viabiliza o controle das plantas infestantes rapidamente.

O manejo com o herbicida começa pela dessecação da área cerca de 10 a 20 dias antes do plantio. O método com melhor custo x benefício é a utilização de controle químico por meio da aplicação de um herbicida não seletivo, sendo o glifosato o ingrediente ativo que atua de modo análogo, tendo, assim, amplo espectro de controle na área. Essa etapa é necessária, pois cria uma camada de proteção para o solo e ajuda na retenção de umidade para o plantio futuro.

Pelo menos dez dias antes da implantação da cultura a utilização de um herbicida pré-emergente é de grande importância. Sua aplicação pode ser nas linhas de plantio ou em área total, onde oferece melhor controle, porém, expõe o solo a possíveis erosões.

Dicas

Após o plantio, o controle de plantas daninhas deve ser realizado entre 60 e 90 dias com a aplicação de glifosato, preferencialmente entre plantas ou entrelinhas.O manejo com roçada mecanizada também é eficaz, entretanto, possui custo mais elevado.

Este período é caracterizado por ser o mais criterioso, pois é neste momento que as plantas daninhas interferem de modo mais drástico na cultura. A este período dá-se o nome de período crítico de prevenção à interferência (PCPI).

A determinação deste período auxilia de modo eficiente na determinação de estratégias de controle a serem utilizadas durante o ciclo da cultura.

Obstáculos

Sabe-se que o grande empecilho é realizar uma aplicação que seja eficiente para o controle das plantas invasoras, porém, que não interfira no desenvolvimento das plantas do eucalipto. Esse controle pós-plantio é primordial, sendo que o eucalipto deve se desenvolver sem que haja a interferência das plantas daninhas.

Posterior ao controle pós-plantio, a cada quatro ou cinco meses o manejo das plantas invasoras deve ser realizado, se estendendo até o segundo ano de formação. Assim como nas fases iniciais de controle, o glifosato, ou seja, herbicida não seletivo, de ação sistêmica, continua se mostrando como o mais eficiente devido ao espectro de controle e ausência de injúrias às plantas de eucalipto.

A partir do desenvolvimento da planta, o eucalipto começa a se proteger, por meio do fechamento da área e maior cobertura do solo, realizando sombreamento e facilitando manejos posteriores, tanto de adubação quanto de controle de plantas daninhas. Posteriormente o manejo deve ocorrer apenas para a manutenção dos aceiros e carreadores, preferencialmente sem nenhum tipo de vegetação.

A produção vegetal deve se atentar em adquirir florestas com qualidade adequada a otimizar o desenvolvimento médio anual, permitindo que o volume de madeira ao final do ciclo de rotação seja o maior possível. Para possibilitar o retorno dos investimentos, o manejo dos fatores que inteiramente intervêm neste objetivo deve ser controlado, para possibilitar o retorno dos investimentos.

Manejo agrosilvipastoril

O manejo agrosilvipastoril é realizado por meio da consorciação de três ramos distintos, sendo a agricultura (braquiária), silvicultura (eucalipto) e pecuária (bovinos), podendo haver outras formas de caracterização, de acordo com o local e objetivo da propriedade.

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro/fevereiro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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