“A importação de insumos, diversificando os mercados de modo sistêmico, não apenas em momentos emergenciais é uma possibilidade de avanço“, afirma Guto Ferreira, presidente da ABDI
A Páscoa 2017 gerou desde março de 2016 aproximadamente 25 mil empregos temporários na cadeia do chocolate. Durante o último Salão de Páscoa, ocorrido na cidade de São Paulo e promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), representantes do setor relataram as dificuldades da dependência de insumos do mercado brasileiro, principalmente o cacau. O ano de 2016 foi marcado pela redução de 34% em relação a 2015 na produção da matéria-prima e deixou o mercado nacional preocupado. É o 4° ano seguido de queda o que obriga o mercado a importar a amêndoa. Entretanto, apenas o país de Gana tem autorização para exportar para o Brasil, mas este, por sua vez possui o custo mais alto entre os produtores Africanos.
A importação esporádica apenas de Gana prejudica todo o setor, com o aumento do custo de produção. O Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, que esteve presente do evento foi enfático ao afirmar que a instituição irá estudar e apoiar a viabilidade de novos parceiros comerciais para a importação do produto.
“As exportações do setor passaram de US$ 375 milhões em 2015 para quase US$ 440 milhões em 2016, alta de 17%. Nosso posicionamento é claro em favor do desenvolvimento do setor. A importação de insumos, diversificando os mercados de modo sistêmico, não apenas em momentos emergenciais é uma possibilidade de avanço. É bom lembrar que a cadeia produtiva do chocolate é vasta e com grande valor agregado, geradora de empregos na indústria e, sobretudo, importante capilaridade no setor varejista”, afirma Guto Ferreira, Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Sobre a ABDI ““ Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ““ ABDI surgiu no momento de retomada das polÃticas públicas de incentivo à indústria, em 2004, e se legitimou com órgão articulador dos diversos atores envolvidos na execução da polÃtica industrial brasileira.
Em mais de uma década de atuação, sob a supervisão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a ABDI é a única agência de inteligência do governo federal para o setor produtivo e oferece à indústria completa estrutura para a construção de agendas de ações setoriais e para os avanços no ambiente institucional, regulatório e de inovação no Brasil, por meio da produção de estudos conjunturais, estratégicos e tecnológicos.