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Mancha de coniela chama atenção de produtores de eucalipto

Lísias Coelho

Engenheiro florestal, Ph.D. eprofessor ICIAG-UFU

Arthur Franco Teodoro Duarte

Graduando em Agronomia – ICIAG-UFU

Ernane Miranda Lemes

Engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Produção Vegetal – ICIAG-UFU

 

Crédito Andréia Aker
Crédito Andréia Aker

A mancha de coniela, causada pelo fungo Coniella spp., faz parte do grupo de doenças que afeta as folhas do eucalipto. Esta doença é considerada secundária, pois atualmente apresenta poucos danos às espécies de eucalipto de cultivo comercial no Brasil.

Estes pequenos danos se devem ao fato de que as espécies de eucalipto cultivadas são resistentes, ou então devido às condições climáticas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença. Porém, a doença não pode ser desprezada, porque a eucaliptocultura no Brasil está evoluindo muito e a doença pode ganhar importância.

Sintomas

O fungo lesiona as folhas em campo, formando halos concêntricos, estreitos, de coloração escurecida, resultantes da exsudação de massa de esporos. Pode produzir sintomas isoladamente, ou em associação com Cylindrocladium spp., que causa uma importante doença em plantios jovens.

Em 2001, de acordo com uma Circular Técnica da Embrapa, o fitopatógeno foi identificado nas espécies Eucalyptusgrandis, E. robusta e Corymbiacitriodora. Apesar de reduzir a área fotossintética das folhas, ainda não foi relatada a desfolha de plantas em campo devido ao ataque deste patógeno, ao contrário do que tem sido observado com as manchas de cilindrocladium.

Prejuízos

A consequência da presença das manchas foliares é a redução da capacidade fotossintética da planta, que acarreta em menor desenvolvimento vegetativo, redução do rendimento e qualidade de seus produtos.

Em 1986 uma pesquisa mostrou Coniellafragariae, juntamente com Cylindrocladiumscoparium em folhas de mudas de Eucalyptusgrandis. Porém, Coniellafragariae foi identificado apenas nas plantas que tiveram ferimentos antes da inoculação. Estes ferimentos, no campo, podem ser causados por injúrias mecânicas, insetos ou outros patógenos, como Cylindrocladium spp.

Mesmo com esta pesquisa mostrando que a doença se expressou em mudas, ela é considerada não recorrente em viveiros. Para controlar a doença, utilizam-se apenas clones resistentes.

Essa matéria você encontra na edição de março/abril 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

 

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