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Adjuvantes otimizam a eficiência da pulverização

Gilberto Moderno Costa

M.Sc. e consultor em Tecnologia de Aplicação e Segurança no uso de defensivos agrícolas ““ Alvo Consultoria

moderno@alvoconsultoria.agr.br

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

A agricultura brasileira cresce anualmente, em área e em produtividade, fazendo aumentar a demanda pelo uso da tecnologia de aplicação. Esta ciência fantástica, e com inúmeros desafios, ganha, a cada ano, novos aliados por meio das descobertas científicas e do desenvolvimento de novas ou do aperfeiçoamento das ferramentas já existentes para a aplicação correta dos produtos fitossanitários e da nutrição vegetal.

E assim o mercado nacional é forçado a aperfeiçoar as técnicas de aplicação e a utilizar cada vez com mais responsabilidade as ferramentas químicas para o controle de vetores. E na contramão da tecnologia de aplicação, a agricultura, de modo geral, é pressionada pela otimização dos equipamentos de aplicação, na busca pela eficácia operacional e baixo custo operacional e de aplicação.

Os adjuvantes

Felizmente, com a evolução da ciência, o uso dos adjuvantes tem sido intensificado na agricultura, contribuindo para que as aplicações sejam mais eficientes e as moléculas direcionadas, depositadas e agindo com maior aproveitamento.

Desta forma, Rungeet al (2013) já afirmou que as aplicações podem ser melhor aproveitadas usando três recursos, que são:

Œ Uso de modernos e mais potentes ingredientes ativos (I.A.);

 Tecnologia de formulação;

ÂŽ Uso de adjuvantes.

Segundo a Weed Society of America, citado por Rungeet al (2013), adjuvantes são toda substância utilizada na formulação ou adicionada na mistura de tanque utilizada para modificar a atividade biológica ou as características de aplicação.

Segundo Fleck (1993), os adjuvantes são divididos em dois grupos – os modificadores das propriedades de superfície dos líquidos (surfactantes: espalhante, umectante, detergentes, dispersantes e aderentes, entre outros) e os aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e ureia, entre outros) que afetam a absorção devido à sua ação direta sobre a cutícula.

 

Perdas por escorrimentopodem ser evitadas com os adjuvantes - FotosShutterstock
Perdas por escorrimentopodem ser evitadas com os adjuvantes – FotosShutterstock

Opções

Há vários tipos de adjuvantes que podem ser utilizados nas seguintes fases das aplicações, desde a formulação dos produtos, ainda no processo fabril, ou já no campo, nas etapas do preparo da calda ou durante as aplicações.

Para facilitar a compreensão, podemos separar o uso em quatro áreas de atuação, quais sejam: nas formulações; para equalização da água e preparo de calda; no alvo biológico e, por último, na trajetória.

Como exemplo, temos os emulsificantes, umectantes e estabilizantes usados nas formulações. Já no preparo de calda e para equalização da água temos os condicionadores de água, neutralizando a água dura, os agentes corretivos de pH e os tamponantes, além dos antiespumantes.

Já no alvo biológico temos os adesionantes e retentores, chamados de agentes de molhamento; solubilizantes e espalhantes (tensoativos), que servem para dissolução e distribuição do I.A. (ingrediente ativo) na folha; os adesivos, com função de evitar as perdas por lavagem; os amplificadores de penetração (uptake), que servem para acelerar a passagem do I.A. através da cutícula para dentro da folha; e ainda os antievaporantes.

Na trajetória das gotas em relação ao alvo biológico, temos os agentes redutores de deriva.

Diversidade

A composição química usada na formulação destes adjuvantes é bastante diversa, e em sua maioria é composta por grupos químicos de óleos metilados de sementes, óleos vegetais, óleos minerais, polímeros e tensoativos.

Devido a esta complexidade, o mercado brasileiro, em especial, tem adotado o posicionamento de oferecer em um só produto uma solução comercial formulada que atenda as necessidades citadas anteriormente. São os chamados adjuvantes multifuncionais ou utilitários.

O uso dos adjuvantes, quando usados com critério técnico e posicionados com as doses corretas para o objetivo a ser alcançado, seja ele na equalização da água, alvo biológico ou trajetória, é uma ferramenta eficaz para reduzir as perdas de I.A. nos tanques dos pulverizadores, para aumentar a deposição e cobertura de I.A. nos alvos biológicos e para reduzir a deriva durante a trajetória deste I.A. em relação ao alvo.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

 

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