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Novidades no preparo de solo

Diego Weslly Ferreira do Nascimento Santos

Doutorando em Engenharia Agrícola/Universidade Federal de Viçosa

Haroldo Carlos Fernandes

Professor do Departamento de Engenharia Agrícola/Universidade Federal de Viçosa

haroldo@ufv.br

Foto 01 - Crédito Fibria
Crédito Fibria

A forma de preparar o solo varia com as características intrínsecas de cada empresa ou produtor rural (disponibilidade de mão de obra, recursos e equipamentos) e as características da área (área com vegetação arbórea, área de replantio ou área sem vegetação). Porém, é fundamental realizar uma análise química e física do solo, a fim de identificar as necessidades do mesmo.

Atualmente, algumas empresas abrem sulcos, com espaçamentos equidistantes, e profundidades de até 01 metro, já que o sistema radicular de plantas como o eucalipto cresce muito, diferentemente de culturas agrícolas como feijão e milho. Posteriormente, o transplantio é realizado nos sulcos.

No meio florestal se consolidou o uso do subsolador tracionado por um trator de esteiras, em razão de suas vantagens operacionais e econômicas. Em áreas preparadas com subsolador tem-se maior sobrevivência e crescimento das mudas, devido ao sistema radicular das plantas alcançarem maiores profundidades e também devido à menor exposição do solo, o que reduz as perdas por erosão.

Atualmente, existem no mercado nacional máquinas específicas para o transplantio de mudas de arbóreas. Essas máquinas podem ser tracionadas por tratores agrícolas e são equipadas com reservatórios para adubos e mudas, sulcadores de até 60 cm de profundidade, e mecanismos para realizar o destorroamento do solo, ou seja, é possível realizar todas as operações com um único equipamento, porém, o mesmo não opera em terreno de relevo acidentado.

Custo

Os custos de preparo do solo, seja mecanizado ou manual, variam de região para região em virtude da oscilação do preço de produtos, mão de obra e máquinas. No entanto, desde a limpeza da área até a subsolagem o custo do sistema mecanizado está em torno de R$ 1.400 por hectare, enquanto o custo manual pode chegar a valores maiores, uma vez que o rendimento é muitas vezes menor.

De maneira geral, tem-se que o custo de preparo do solo mecanizado por hectare é menos oneroso, em razão da alta capacidade operacional dos conjuntos mecanizados.

Viabilidade

Caso sejam desenvolvidas máquinas de preparo do solo para regiões declivosas, espera-se que os benefícios superem os custos, como aconteceu com a colheita de madeira, que tem as máquinas mais caras do setor florestal.

A mecanização das operações proporciona redução do custo de produção, melhora as condições de trabalho dos operadores e possibilita que grandes áreas sejam preparadas em um curto espaço de tempo. Vale ressaltar que o setor florestal enfrenta problemas com escassez de mão de obra para determinados tipos de trabalho.

Executar operações em áreas declivosas é um grande desafio, não só para o setor florestal, mas para todo o setor agrícola brasileiro. O preparo do solo em áreas onde não é possível o acesso de tratores, declividade em torno de 12%, é realizado com coveadores mecânicos ou manuais, ou seja, as operações são realizadas de forma manual ou semimecanizada. Em alguns anos esse cenário tende a mudar em razão das inovações tecnológicas.

Essa matéria você encontra na edição de maio/junho 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

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