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Produção de maracujá – Um dos segredos do sucesso está na colheita

 

Maria Cecília de Arruda Palharini

mcarruda@apta.sp.gov.br

Rosemary M. de AlmeidaBertani

Doutoras e pesquisadoras científicas da APTA/Polo Regional Centro-Oeste

Sueellen Pereira da Silva

Mestranda ““ FCA/UNESP

 

Crédito Henrique Petry
Crédito Henrique Petry

De maneira geral, para plantios realizados em agosto, a colheita dos frutos de maracujá compreende os meses de janeiro a julho, e para plantios realizados em fevereiro a colheita compreende o período de novembro a julho.

Os frutos do maracujazeiro destinados ao mercado in natura devem ser colhidos quando ainda presos à planta e de preferência com 70% da casca com coloração amarela. Em geral, nesse estádio de maturação os frutos já atingiram os teores ótimos de açúcares e ácidos orgânicos.

Os maracujás amarelos demandados pelo mercado in natura devem apresentar acidez titulável de 3,2 a 4,5% e conteúdo de sólidos solúveis acima de 14ºBrix. Os maracujás destinados à produção de suco podem ser colhidos totalmente amarelos e após abscisão natural. Em relação às características dos frutos para indústria, estes devem ter bom rendimento em suco e elevado teor de sólidos solúveis.

Colheita

Os frutos podem ser colhidos por torção do pedúnculo ou com tesoura. Recomenda-se manter cerca de 03 cm do pedúnculo para reduzir a incidência de doenças na pós-colheita. Os frutos colhidos devem ser acondicionados em caixas plásticas. Não colocar frutos em excesso nas caixas para evitar danos aos frutos.

A coleta dos frutos caídos ao solo, após sua abscisão natural, deve ser evitada quando os frutos são destinados ao mercado in natura, pois a queda causa injúria mecânica nos frutos, favorecendo o estabelecimento de fitopatógenos, entre eles o fungo Colletotrichumgloeosporioides, causador da antracnose um dos maiores problemas pós-colheita do maracujá.

Assim que o fruto é separado da planta, ocorre um rápido processo de desidratação. Em consequência, ocorre o enrugamento da casca e a perda de massa e volume, depreciando sua aparência e reduzindo o período de comercialização.

Para minimizar esses problemas, é fundamental a adoção de manuseio adequado. As caixas plásticas onde os frutos colhidos são acondicionados devem ser higienizadas e providas de sacos “tipo bolha“, a fim de evitar a remoção da cutícula causada pelo atrito do fruto com a caixa. O colhedor também deve utilizar luvas.

O carregamento e o descarregamento do veículo de transporte devem ser feitos cuidadosamente, sem movimentos bruscos.

Nas casas de embalagem, os frutos devem ser avaliados quanto à possível presença de defeitos graves, como: podridão, dano profundo, imaturo (menos de 30% da casca com coloração amarela) ou leves: lesão cicatrizada (que não afeta a polpa), dano superficial, manchas, deformação e enrugamento.

Os frutos com defeitos graves devem ser descartados e aqueles com defeitos leves podem ser destinados à indústria ou mercado menos exigente. Se necessário, faz-se ainda a eliminação de restos florais existentes e a redução do pedúnculo para, aproximadamente, 0,5cm.

Após essa avaliação os frutos podem ser separados por tamanho, de acordo com o diâmetro equatorial, sendo:

üCalibre 1: frutos com diâmetro equatorial igual ou menor que 55mm;

üCalibre 2: frutos com diâmetro equatorial maior que 55mm até 65 mm;

üCalibre 3: frutos com diâmetro equatorial maior que 65mm até 75 mm;

üCalibre 4: frutos com diâmetro equatorial maior que 75mm até 85 mm;

ü Calibre 5:  frutos com diâmetro maior que 85mm.

Essa matéria você encontra na edição de Julho 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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