Leandro Luiz Marcuzzo
Professor de Fitopatologia do Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sul
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Nas culturas que compõem o cheiro-verde, a cebolinha é uma das mais afetadas por pragas e doenças. O tombamento da cebolinha, causado pelos fungos Rhizoctoniasolani, Pythium spp. e Fusarium spp., tem tirado o sono dos produtores. Várias são as medidas utilizadas no manejo integrado dessa doença, porém, o manejo cultural é o único método utilizado a campo, já que não se dispõe de agrotóxicos registrados para a cultura.
Danos
Na área de ataque dos patógenos, o prejuízo com o tombamento da cebolinha chega a 100%, já que esses patógenos matam a planta, tornando inviável ao seu comércio. Em áreas com alta umidade do solo e semeadura profunda a doença é mais intensa, principalmente nos estádios jovens da planta recém-germinada
Prevenção
Entre as medidas preventivas estão: evitar a semeadura em áreas sujeitas ao alagamento e aumentar a altura do canteiro, o que fará com que haja menor acúmulo de umidade, desfavorecendo a ocorrência da doença.
O uso de matéria orgânica favorece o bom desenvolvimento da muda, tornando-a mais vigorosa e fazendo a microbiota do solo competir com os patógenos. Deve-se evitar o excesso de adubação nitrogenada, pois esta favorece a infecção dos patógenos.
Manejo curativo
Após constatado o sintoma, podem ser retiradas as plantas do local, já que as mesmas encontram-se em reboleiras. Deve-se evitar transitar nessa área da doença para não disseminá-la a outros locais.