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sábado, setembro 21, 2024
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Aminoácidos atuam na síntese da clorofila

Fernando Simoni Bacilieri

Engenheiro agrônomo, Msc. e doutorando em Agronomia na Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

ferbacilieri@zipmail.com.br

Roberta Camargos de Oliveira

Engenheira agrônoma e doutora em Agronomia ““ UFU

robertacamargoss@gmail.com

Paulo Victor de Oliveira Realino

Engenheiro agrônomo

paulorealino.agro@gmail.com

 

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

A produção de grãos tem caminhado principalmente para o ajuste fino, ou seja, detalhes de manejo. Para atingir patamares maiores de produtividade das culturas, materiais genéticos mais produtivos, tecnologias de nutrição e fisiologia de plantas, controle de plantas daninhas, pragas e doenças têm que fazer parte das atuais atividades agrícolas.

Uma tecnologia importante que vem sendo empregada por agricultores, que auxilia no manejo e atua em conjunto com os nutrientes para maximizar o potencial genético das culturas é a suplementação das plantas com aminoácidos.

Quem são eles

Os aminoácidos são compostos orgânicos biologicamente ativos provenientes do metabolismo de nitrogênio, que é o elemento mais exigido pela maioria das culturas. São unidades formadoras dos peptídeos, proteínas e precursores de outras moléculas, como hormônios, coenzimas, nucleotídeos e polímeros de paredes celulares. Dentre os benefícios da aplicação exógena dos aminoácidos, destacam-se:

ðProporcionam economia de energia para as plantas;

ðAtuam na síntese da clorofila, tornando a fotossíntese das plantas muito mais eficiente e aumentando a reserva de carboidratos disponíveis aos diversos processos metabólicos;

ðAtrasam o envelhecimento das folhas, neutralizando radicais livres;

ðReduzem a fitotoxicidade de determinados defensivos agrícolas;

ðPromovem maior tolerância das plantas às doenças (função imunológica);

ðAumentam a absorção e a translocação dos nutrientes para as plantas;

ðApresentam ação direta no transporte de nutrientes através do floema;

ðSão precursores de hormônios vegetais que atuam no crescimento de desenvolvimento das plantas;

ðPromovem maior tolerância das plantas ao estresse biótico e abiótico.

Os aminoácidos tornam a fotossíntese das plantas muito mais eficiente - Crédito Shutterstock
Os aminoácidos tornam a fotossíntese das plantas muito mais eficiente – Crédito Shutterstock

A clorofila

As clorofilas são pigmentos verdes especializados em absorver luz, fundamentais no processo de fotossíntese e geração de energia para o crescimento, desenvolvimento e metabolismo das plantas.

Sua produção envolve várias etapas e depende de fatores internos e externos. Basicamente, as plantas utilizam moléculas simples para montagem de moléculas complexas e, nesse caso, o aminoácido glutamina é o composto a partir do qual serão formadas as clorofilas.

No cultivo de grãos, as plantas daninhas constituem um sério problema e o controle químico é o principal método utilizado nas lavouras brasileiras. Os herbicidas podem apresentar efeitos não apenas sobre o controle de plantas daninhas, mas também sobre o metabolismo e a fisiologia das plantas não-alvos do controle, provocando fitotoxicidade à cultura, com a manifestação de sintomas como: lentidão na emergência, engrossamento de raízes, redução do porte, clorose, despigmentação, necrose e deformação das folhas, com possibilidade de morte das plantas e comprometimento da produtividade.

Alternativa

Como alternativa para reduzir esses efeitos negativos da aplicação de herbicidas, uma prática que tem sido difundida é a aplicação de fertilizantes foliares que apresentem em suas formulações substâncias que possuam efeitos atenuadores do estresse de plantas, como aminoácidos, vitaminas, hormônios vegetais e outros compostos orgânicos biologicamente ativos que farão as plantas se recuperarem mais rapidamente.

A clorofila absorve luz, gerando energia para o crescimento e desenvolvimento da planta - Crédito Advanta
A clorofila absorve luz, gerando energia para o crescimento e desenvolvimento da planta – Crédito Advanta

Estudos

Para estudar a ação de quatro diferentes fertilizantes foliares na recuperação de plantas submetidas a estresse intencionalmente causado por herbicida à base de lactofen na cultura da soja, um experimento foi conduzido na safra 2015/16 na cidade de Uberlândia (MG).

A cultivar de soja SYN 1163 RR foi semeada no sistema de plantio convencional, com espaçamento de 0,5 m entrelinhas e densidade populacional de 18 plantas por metro linear e a emergência das plântulas ocorreu sete dias após a semeadura.

O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco tratamentos: 1) apenas lactofen a 750 L ha-1; 2) lactofen a 750 L ha-1 + foliar 1 a 2,0 L ha-1; 3) lactofen a 750 L ha-1 + foliar 2 a 2,0 L ha-1; 4) lactofen a 750 L ha-1 + foliar 3 a 0,5 L ha-1 e 5) lactofen a 750 L ha-1 + foliar 3 a 1,0 L ha-1 e quatro repetições. As parcelas experimentais foram compostas por seis linhas de cultivo com 5,0 m de comprimento cada, totalizando uma área de 15 m².

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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