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Análise de solo – Essencial para calagem ou adubação

Fabiano Pacentchuk

Engenheiro agrônomo, mestre em produção Vegetal e doutorando em Agronomia – Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

fabianopacentchuk@gmail.com

Fábio Nascimento Lima

Técnico em Agropecuária e graduando em Agronomia ““ Unicentro

fasbionaslim@outlook.com

Criz Renê Zanovello

Engenheiro mecânico e mestrando em produção vegetal – Unicentro

isandini@hotmail.com

ItacirEloiSandini

Engenheiro agrônomo, doutor e professor do curso de Agronomia ““ Unicentro

isandini@hotmail.com

Crédito Pixabay
Crédito Pixabay

Verifica-se uma constante busca pela maior eficiência produtiva das lavouras. Para alcançar esse objetivo, um dos primeiros passos é entender a área em que se deseja produzir. Nesse contexto, a análise química do solo é a melhor ferramenta para diagnosticar a situação da fertilidade do solo, além de dar suporte à tomada de decisão para compra de corretivos e/ou fertilizantes.

A análise de solo se torna economicamente importante, visto que o custo de uma análise de solo simples representa menos de 1,0% do custo de produção e, se manejada de forma adequada, pode reduzir em torno de 30% os gastos com corretivos e fertilizantes, além das perdas de produtividade oriundas de deficiências nutricionais.

O solo, por ser um sistema aberto, apresenta grande complexidade e se comporta de forma dinâmica. Assim, a aplicação errônea de corretivos e/ou fertilizantes afetará negativamente o desempenho de uma determinada cultura.

No Brasil, a mensuração da quantidade de nutrientes disponíveis no solo e os estudos sobre as exigências nutricionais das plantas, associado ao emprego de tecnologias de correção de solo, permitiram o aumento de produtividade em áreas que naturalmente apresentavam baixa fertilidade.

Recomendações

As recomendações de calagem e adubação são baseadas na intepretação de análises de solo, observando o nível crítico de cada nutriente para cada cultura.

Na análise de solo está expresso o quanto de cada nutriente está realmente disponível para a cultura. As medições são realizadas por metodologias pré-definidas e distintas para cada nutriente, ou mesmo grupo de nutrientes.

Vale salientar que os critérios de interpretação não são únicos e variam entre os Estados da federação. Após a interpretação da análise de solo tem-se fundamentalmente dois caminhos, que são a calagem e/ou adubação.

 O solo apresenta grande complexidade - Crédito Shutterstock
O solo apresenta grande complexidade – Crédito Shutterstock

Um e outro

A calagem é uma prática rotineiramente adotada nas lavouras brasileiras.Seus efeitos são relacionados ao aumento dos teores trocáveis de Ca e Mg, do pH, da capacidade de troca de cátions (CTC) e da redução do Al tóxico às plantas (Raij, 2011).

Com o acréscimo das doses de aplicação de corretivo podem ocorrer também influências negativas em diferentes processos bioquímicos do solo, o que pode causar aumento da taxa de nitrificação e de mineralização da matéria orgânica (MO) (Silva et al., 1994), além da elevação desnecessária do custo de produção.

A adubação, por sua vez, tem como função fornecer os nutrientes que estejam faltando no solo e, consequentemente, limitam a produtividade da cultura. De acordo com a quantidade exigida pelas plantas, os elementos essenciais são divididos em: macronutrientes (nitrogênio, fosforo, potássio, cálcio magnésio e enxofre), que são exigidos em maiores quantidades (normalmente em kg ha-1), e os micronutrientes (boro, cobre, cloro, ferro, manganês, molibdênio e zinco), que são exigidos em menores quantidades (normalmente em g ha-1).

Investimento

As práticas de calagem e adubação do solo deveriam ser um investimento para o produtor, pois pode ser recuperado na colheita e comercialização de sua safra. Porém, como todo investimento, deve ser realizado de forma consciente e precisa, para que o retorno seja o mais lucrativo possível nas condições de cultivo.

Logo, realizar a análise de solo de forma correta, evitando qualquer erro no processo, principalmente no momento da coleta, se mostra uma ferramenta indispensável para aumentar a eficiência econômica de uma lavoura.

Assim, a calagem e a adubação têm como objetivo estabelecer o equilíbrio nutricional do solo, de forma a manter os nutrientes disponíveis para a absorção das plantas.

Deste modo, para recomendações de correção ou manutenção da fertilidade do solo é necessário conhecimento das exigências nutricionais da planta e do potencial produtivo da cultura. Deve-se ainda, considerar as características químicas, físicas e biológicas do solo, além do conhecimento sobre a dinâmica de cada nutriente neste solo.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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