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Medidas de controle do percevejo da goiabeira

Givago Coutinho

Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)

givago_agro@hotmail.com

Herick Fernando de Jesus Silva

Engenheiro Agrônomo e doutorando em Fitotecnia ““ Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

herickfernando@gmail.com

 

Crédito Erli Röpke
Crédito Erli Röpke

A goiabeira (Psidiumguajava L.) é nativa da América do Sul e pertence à família Myrtaceae, de grande expressão na fruticultura brasileira, englobando, além da goiabeira, fruteiras importantes como a pitangueira (Eugenia uniflora L.), a jabuticabeira (Myrciaria spp.), a uvaia (Eugenia pyriformisCambess.) e importantes espécies do cerrado brasileiro, como a gabirobeira [Campomanesiaadamantium (Cambessédes) O.Berg].

Constitui uma espécie amplamente cultivada no País devido a sua elevada capacidade de adaptação ao clima e seu agradável aroma e sabor peculiar. Também é atrativa pelo seu elevado valor nutricional, sendo consumida na forma in natura ou utilizada em uma ampla gama de produtos, como sorvetes, sucos, licores e na forma de molho agridoce (guatchup).

Apesar de sua extensa adaptabilidade ao clima brasileiro, alguns fatores podem interferir de maneira significativa na produção da goiabeira, reduzindo a produtividade e diminuindo a rentabilidade do cultivo. Dentre estes fatores estão os danos ocasionados por pragas e doenças.

Pragas importantes

Dentre as pragas que atacam a cultura da goiabeira, uma se destaca como ameaça potencial à produção de frutos de qualidade: o percevejo-da-verrugose[Monaloniumannulipes (Sign, 1858), (Hemiptera: Miridae)]. Esta praga, quando não controlada, pode causar diversos danos à produção e, consequentemente, vários prejuízos a goiabicultura nacional.

Diferentes técnicas têm sido adotadas em seu manejo, mas para o controle eficiente é necessário estudar e conhecer as principais características relativas ao desenvolvimento e ataque deste inseto à cultura. Eles atacam os ponteiros, os botões florais e os frutos em todos os seus estádios de desenvolvimento.

O percevejo-da-verrugose pode atacar desde botões florais até frutos desenvolvidos - Crédito Marcelo Rosa
O percevejo-da-verrugose pode atacar desde botões florais até frutos desenvolvidos – Crédito Marcelo Rosa

Prejuízos

O percevejo-da-verrugose pode provocar danos significativos, uma vez que pode atacar desde botões florais até frutos desenvolvidos, porém, antes do início da maturação.

A principal espécie de percevejo que ataca a cultura da goiabeira é o percevejo-da-verrugose [Monaloniumannulipes (Signoret, 1858) (Hemiptera: Miridae)], porém, ocorrem outras espécies que são consideradas secundárias na cultura, formando um complexo de percevejos.

Pelo menos quatro espécies de percevejos foram constatadas podendo causar danos e prejuízos – Leptoglossusgonagra (Fabricius, 1775), Leptoglossusstigma (Herbert, 1784), Leptoglossusfasciatus (Westwood) e Holhymeniaclavigera (Herbst., 1784) (Hemiptera: Coreidae).

Essas pragas podem ocorrer nas principais regiões produtoras, desde que encontrem condições favoráveis ao seu desenvolvimento.O percevejo-da-verrugose surge no pomar na fase de formação do botão floral (entre os estádios 2 e 3) até a colheita (estádio 7), sendo este o período crítico.

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Figura 1.  Fenologia da goiabeira conduzida pelo sistema de poda total e os períodos críticos de cada praga

Fonte: Souza Filho e Costa

Os estádios são contabilizados a partir da poda total, um tipo de operação que pode ser realizada na área toda ou por talhão. Consiste em efetuar a poda em toda a planta, uniformizando-a fenologicamente. Este tipo de poda atende aos padrões do manejo integrado de pragas, segundo Souza Filho e Costa.

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Sintomas

Inicialmente, observam-se manchas aquosas, irregulares, com cerca de 1,0 mm de diâmetro e de coloração verde-escura, na superfície do fruto. Posteriormente, há uma reação do próprio fruto, ocorrendo a cicatrização dessas lesões.

Os tecidos da porção central da lesão tornam-se necrosados e permanecem na superfície do fruto como um ponto duro, que atinge de 02 a 05 mm de diâmetro, podendo ser destacado manual ou naturalmente, permanecendo, porém, uma irregularidade na superfície do fruto afetado.

Essas lesões, dependendo da intensidade e da época de seu surgimento, podem se desprender do fruto ou permanecer, depreciando-o.Caso coalesçam, podem acarretar grandes deformações e até a queda do fruto.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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