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Potássio é responsável pela cor do pêssego

Carla Verônica Corrêa

Doutoranda em Ciências Agronômicas pela UNESP ““ Botucatu

cvcorrea1509@gmail.com

Luís Paulo Benetti Mantoan

Doutorando em Ciências Biológicas pela UNESP ““ Botucatu

luismantoan@gmail.com

 

Fotos Pixabay
Fotos Pixabay

Essencial para a cor e sabor das frutas de pêssego, a recomendação é que o potássio seja parcelado em três aplicações durante o ciclo. Por outro lado, especialistas alertam para o cuidado com a dosagem de nitrogênio que, em excesso, pode prejudicar as plantas. Por isso, ele deve ser aplicado somente até a formação do fruto. Assim, a dica é equilibrar o potássio e o nitrogênio, para alcançar êxito no cultivo.

Na planta, o potássio tem inúmeras funções, entre elas a ativação de vários sistemas enzimáticos que participam do metabolismo da planta. Atua também na síntese de proteínas e da adenosina trifosfato (ATP) e está envolvido em várias funções fisiológicas, tais como transporte no floema e crescimento celular.

A absorção do potássio pelas plantas influencia diretamente o crescimento meristemático e a extensão das células vegetais, pois existe relação muito íntima entre o alongamento celular e a concentração de potássio nas folhas.

 Este nutriente também é responsável pela translocação de açúcares e síntese de amido. Porém, os principais efeitos do potássio na planta estão relacionados com a permeabilidade das membranas das células vegetais e abertura e fechamento dos estômatos, pois, quando existe falta deste elemento na planta, os estômatos não se abrem regularmente, ocasionando menor entrada de gás carbônico e, portanto, menor intensidade fotossintética.

Além de todas estas atribuições, o potássio também pode aumentar a eficiência de uso de outros nutrientes pelas plantas. Tem um efeito benéfico na qualidade de uma gama extensiva de culturas, pode diminuir a incidência de doenças de plantas e reduzir estresses abióticos, particularmente aqueles causados pelo frio.

Importância do potássio

Fotos Pixabay
Fotos Pixabay

O potássio é de extrema importância na qualidade dos frutos, como cor mais intensa e sabor. Por estar relacionado com aspectos como translocação de carboidratos, plantas nutridas corretamente com potássio apresentam frutos maiores e mais doces e, portanto, com alta qualidade comercial. Assim, o produtor poderá obter valores mais altos nos frutos que comercializa.

O aumento do teor de sólidos solúveis em função da adubação potássica deve-se ao papel importante que este nutriente desempenha na translocação de produtos da fotossíntese (carboidratos) e na ativação de diversas enzimas.

A presença desse elemento em quantidades insuficientes pode resultar em características indesejáveis de qualidade, como baixo teor de sólidos solúveis, além de diminuir a atividade fotossintética da planta.

Assim, em plantas bem nutridas com potássio obtém-se frutos com aparência mais atraente (cor) e frutos mais saborosos, ou seja, mais doces, características essas atrativas aos consumidores.

Recomendações

O potássio é essencial para a cor e sabor do pêssego - FotosPixabay
O potássio é essencial para a cor e sabor do pêssego – Fotos Pixabay

A aplicação de potássio, bem como de qualquer outro nutriente, é dependente de variáveis como estágio da cultura, cultivar utilizada, tipo de solo, intensidade de precipitação ou frequência de irrigação, condições fitossanitárias da cultura, fertilidade do solo, temperatura e região de cultivo, tipo de manejo do produtor e produtividade desejada.

Outro aspecto importante é a aplicação de fertilizantes de acordo com a análise química do solo e foliar, com o objetivo de se evitar desequilíbrio nutricional. A recomendação de adubação também se baseia na produtividade esperada.

Assim, dependendo da região produtora e da análise de solo, a recomendação de adubação de produção pode variar de 30 a 150 kg ha-1 de K2O. No início da frutificação pode ser empregada também a aplicação foliar, com 400 g de potássio em 1.000L de água, sendo realizadas em torno de 10 aplicações.

A aplicação de potássio em adubações de cobertura deve ser parcelada. Isso se deve ao fato de que o potássio, ao ser adicionado ao solo, em condições de grandes precipitações pluviais e em solos mais arenosos, pode ser lixiviado, sendo importante o parcelamento por resultar em menores perdas.

Outros problemas de doses altas e sem parcelamento é a salinização e desequilíbrio catiônico em relação ao cálcio e magnésio. Existe a tendência dos vegetais absorverem quantidades de potássio excessivas, denominado de consumo de luxo. Este consumo elevado não resulta em aumento de produção e desenvolvimento vegetal, sugerindo, assim, que o fornecimento de doses de adubos acima das necessidades representa desperdício, causando perdas por lixiviação no solo e por extrações desnecessárias pelas plantas.

Assim, o manejo levará em consideração vários aspectos, como cultivar, solo, clima, produtividade esperada, estado nutricional da planta, entre outros.

Danos

O excesso de nitrogênio acarreta crescimento vegetativo excessivo, além de aumentar a suscetibilidade às pragas e doenças. Também reduz a qualidade dos frutos, tornando-os menos doces e coloridos.

O nitrogênio influencia diretamente o crescimento dos ramos, o número de gemas floríferas e vegetativas e o número de frutos por planta. Além disso, o suprimento excessivo ocasiona superbrotamento, provocando o sombreamento e diminuindo a insolação dos frutos.

Também atua no aspecto qualitativo dos frutos,como firmeza da polpa, que fica mais mole e reduz os teores de sólidos solúveis (frutos aguados) quando utilizadas doses excessivas de nitrogênio.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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