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Mecanização da colheita reduz custo de produção

Laila de Carvalho Henrique

Assistente do Departamento de Qualidade da Empresa Júnior de Agronomia ““ EJAGRO e coordenadora de Ensino e Extensão ““ GEFIT da Universidade Federal de São João del Rei

lailah94@gmail.com

Crédito Marcelo André
Crédito Marcelo André

As máquinas utilizadas na colheita de café requerem elevado investimento inicial. Basicamente, isso se deve ao fato de que são empregados altos níveis tecnológicos e sistemas relativamente complexos na fabricação delas. Entretanto, vale lembrar que quanto mais utilizada, menores serão os custos unitários da máquina, levando vantagens em relação à colheita manual, visto que pode chegar a uma redução de 30% nesses custos. Também se deve levar em conta que a colheita mecanizada leva um menor tempo total, já que a capacidade de trabalho é aumentada. Logo, a colheita mecanizada tem o melhor custo-benefício para médios e grandes produtores.

Vantagens da colheita mecanizada

üRedução do custo de colheita: quando todas as etapas do processo são mecanizadas, o custo da colheita do café poderá reduzir 30% ou mais em relação à colheita manual. O uso de máquinas multiplica a capacidade de trabalho, ou seja, uma única máquina realiza o trabalho em que seriam gastos vários trabalhadores, de forma manual.

üRedução do tempo de colheita: como a capacidade de trabalho aumenta, a colheita passa a ser realizada em um tempo bem menor do que de forma manual, resultando na permanência, por menos tempo, do produto na lavoura. Isso irá liberar as plantas mais cedo, havendo, portanto, mais tempo para se recuperarem para a próxima floração. Esse fato contribui para que haja uma florada mais uniforme e intensa, o que poderá resultar em maior produtividade.

üMenor mão de obra: a escassez de mão de obra, atualmente, está ficando cada vez mais difícil, em quantidade insuficiente, no momento necessário e a custos incompatíveis para realizar a colheita manual do café. Esse fato é também um dos responsáveis pelo aumento do custo de colheita, caso ela seja realizada manualmente.

Opções em maquinários

Atualmente, existem diversos modelos de máquinas destinadas à execução de operações específicas ou conjugadas. Para operações específicas, podemos citar os arruadores, as derriçadoras e abanadoras, e para operações conjugadas, as colhedoras que derriçam, recolhem, abanam e ensacam o café colhido, tudo em uma única operação.

O primeiro passo para o sucesso da atividade é voltar os olhos à sua própria lavoura, analisando os seguintes aspectos:

→Tamanho da lavoura: é interessante estimar os custos com manutenção e consumo de combustível por hectare. Assim, o produtor conseguirá avaliar ao certo se o retorno do investimento será economicamente viável.

→ Produtividade: o potencial produtivo da lavoura também é importante, pois quanto maior for sua produtividade, maior será o rendimento da colhedora e mais evidente será a redução de custos operacionais.

→Dimensões das plantas: considere a altura e o diâmetro dos pés de café, já que as colhedoras têm limites nesses aspectos. No geral, a altura fica entre 1,20 m e 4,50 m, e o diâmetro por volta dos 2,20 m.

→Espaçamento: entrelinhas, o espaçamento deve ser de pelo menos 2,80 m e, entre plantas, de 0,7 m a 1 m. Isso possibilitará a passagem da máquina com a maior taxa de recolhimento possível.

→Inclinação do solo: a topografia é um dos fatores mais impeditivos na mecanização da colheita do café, uma vez que é importante que a máquina atenda à condição de inclinação do solo de maneira segura. Então, fique atento, pois as colhedoras hoje existentes no mercado são indicadas para uma declividade máxima de 20%.

Essa matéria você encontra na edição de fevereiro 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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