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Fertilizante organomineral libera gradualmente nutrientes no solo

Adriana Souza Nascimento

Engenheira agrônoma e extensionista rural da EMATER/DF

adriana.nascimento@emater.df.gov.br

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Um novo fertilizante organomineral promete liberar os nutrientes no solo gradualmente, em até 30 dias, reduzindo o custo de mão de obra e a adubação. O insumo, produzido em pellets, concentra mineral, matriz orgânica bioativada proveniente de resíduo da cana-de-açúcar e micronutrientes, o que evita a segregação mineral, reduz a volatilização do nitrogênio, a fixação do fósforo e a lixiviação do potássio.

A liberação gradativa dos nutrientes favorece a absorção pelas plantas, promovendo um ambiente propício para o melhor desenvolvimento e evitando a salinização concentrada próximo às raízes.

Vantagens dos organominerais

Os fertilizantes organominerais proporcionam sustentabilidade à produção de hortaliças por levar à redução do uso de fertilizantes químicos, potencializar a ação microbiana e disponibilizar mais nutrientes no solo.

Diversos estudos apontam que o rendimento do fertilizante organomineral é superior, se comparado aos produtos minerais normalmente utilizados pelos produtores, pois os nutrientes contidos nestes são aproveitados em pequenas proporções pelas culturas em geral.

Logo, o restante desses elementos perdidos por lixiviação é absorvido por microrganismos ou insolubilizado no solo, enquanto os que estão presentes nos fertilizantes organominerais possuem taxas de aproveitamento muito superiores.

Culturas beneficiadas

 

Os organominerais podem ser utilizados com destaque para hortaliças folhosas, como alface, coentro e rúcula, hortaliças de frutos, como o tomate, e hortaliças subterrâneas, como batata e beterraba.

Composição

 

A adubação organomineral é uma mistura de compostos orgânicos com a complementação de fontes minerais. Pela alta quantidade de matéria orgânica e minerais, as perdas dos nutrientes como nitrogênio, potássio e fósforo são praticamente reduzidas a zero.

Com o maior aproveitamento do adubo no solo, o organomineral faz com que o produtor possa usar de 35 a 40% menos das fontes de nutrientes, o que representa uma redução significativa dos gastos do produtor.

Além da economia imediata, o agricultor pode gastar ainda menos a longo prazo. Isso acontece porque o adubo organomineral devolve vida ao solo, incentiva a proliferação de microrganismos e reestrutura o solo, que vai absorvendo melhor os nutrientes aplicados.

Novo fertilizante organomineral

Crédito Vigorfert
Crédito Vigorfert

Existem diferentes tecnologias empregadas na produção de fertilizantes organominerais. A mais recente promete liberar os nutrientes no solo gradualmente, em até 30 dias, reduzindo o custo de mão de obra e equipamentos durante a adubação.

O fertilizante, que pode ser produzido em pellets, concentra mineral, matriz orgânica bioativada proveniente de resíduo da cana-de-açúcar e micronutrientes, o que evita a segregação mineral, reduz a volatilização do nitrogênio, a fixação do fósforo e a lixiviação do potássio.

Além do benefício financeiro com a redução de gastos, e o benefício físico e biológico ao solo, com o maior aporte de nutrientes e matéria orgânica, a adubação organomineral também tem uma vantagem ambiental. Este adubo é produzido a partir de resíduos orgânicos, como restos de culturas e subprodutos da indústria. Esse material seria descartado, virando lixo e poluindo o meio ambiente.

Sem salinização

A salinização é o aumento da concentração de sais na superfície do solo ou dos substratos, trazendo prejuízos ao desenvolvimento e à produção de hortaliças. Uma das medidas para evitar ou minimizar seus efeitos é justamente incorporar fertilizantes orgânicos ou organominerais no solo ou substrato.

Os organominerais são alternativas para substituição dos fertilizantes com alta concentração de sais, proporcionando a liberação gradativa para as plantas. Ainda, a matéria orgânica, quando se une aos nutrientes minerais, facilita a absorção desses minerais e auxilia no transporte de fotoassmilados, elaborados pelas próprias plantas.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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