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Fertilizantes de eficiência aumentada no feijoeiro

 

 

Fábio do Nascimento Lima

Graduando em Agronomia – Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

fabionaslim@outlook.com

Fabiano Pacentchuk

Engenheiro agrônomo, mestre em Produção Vegetal e doutorando em Agronomia ““ Unicentro

fabianopacentchuk@gmail.com

Criz Renê Zanovello

Engenheiro mecânico e mestrando em Produção Vegetal ““ Unicentro

renecriz@hotmail.com

ItacirEloiSandini

Engenheiro agrônomo, doutor e professor de Agronomia ““Unicentro

isandini@hotmail.com

 

Crédito-Sebastião-de-Araújo
Crédito-Sebastião-de-Araújo

No Brasil o feijoeiro é cultivado em todo o território nacional e pode ser produzido em três safras diferentes durante o ano agrícola. Junto aos níveis de tecnologia empregados para a produção, forma ampla variabilidade em seu manejo, que deve ser considerada para adotar estratégias nos tratos culturais, principalmente na adubação que no caso da cultura representa aproximadamente 15% do seu custo de produção.

A nutrição mineral do feijoeiro, de maneira semelhante a outras culturas, é fundamental para o sucesso da atividade e obtenção de elevadas produtividades. Assim, se faz necessário o fornecimento de nutrientes na quantidade e no momento certo. A necessidade de adubação para a cultura do feijão deve-se, principalmente,ao seu sistema radicular superficial e ciclo curto.

Ainda, para a tomada de decisão da quantidade e forma de adubação, deve-se levar em conta, também, o nível tecnológico do produtor e expectativa de produtividade.

Nutrição

A exigência nutricional do feijoeiro é variável de acordo com seu estádio fenológico, pois cada nutriente tem seu padrão de absorção com períodos distintos de exigência. Nesse contexto, utilizar um dado fertilizante que possibilite fornecimento gradativo de nutrientes e que este seja fornecido na quantidade adequada se mostra uma importante alternativa para aumentar a eficiência da produção de feijão.

O termo eficiência aumentada refere-se à intenção de aumentar a eficiência de uso dos nutrientes, por reduzir perdas por lixiviação, volatilização, fixação e emissão de óxido nitroso (depende da fonte N, P ou K), ou por aumentar a absorção pelas plantas decorrente do fornecimento gradual, obedecendo à demanda da planta (Almeida, 2014).

Seu uso apresenta inúmeras outras vantagens, dentre elas a redução da mão deobra para adubações em cobertura, pois possibilita, em alguns casos, a aplicação sem a necessidade de parcelamento, mantendo a eficiência da adubação.

Também reduz a perda de nitrogênio por volatilização da amônia, vez que o fertilizante está protegido em condições favoráveis à volatilização da amônia. Além da redução dos danos na semente ou nas plântulas pela salinidade do meio de cultivo, situação de comum ocorrência onde se trabalha com altas doses de KCl, (Sharma, 1979).

Como a maioria das novas tecnologias,há seus prós e contras, devido ao fato de muitos trabalhos mostrarem resultados divergentes. As diferenças entre a aplicação de fertilizantes convencionais ou com liberação controlada estão intimamente ligadas ao uso correto da tecnologia, bem como ao entendimento das condições estudadas.

A-exigência-nutricional-do-feijoeiro-é-variável-de-acordo-com-seu-estádio-fenológico-Crédito-Sebastião-de-Araújo
A-exigência-nutricional-do-feijoeiro-é-variável-de-acordo-com-seu-estádio-fenológico-Crédito-Sebastião-de-Araújo

O feijoeiro

Apesar de essa tecnologia apresentar uma interessante justificativa teórica, o fato de haver divergências em resultados de pesquisas leva a questionamentos sobre sua real eficiência na cultura do feijão. Em condições específicas, os fertilizantes de eficiência aumentada se tornam uma importante ferramenta para o manejo mais preciso da adubação, além de reduzir os impactos ambientais causados pela utilização de fertilizantes em condições adversas.

Posto isso, sabe-se que o uso de fertilizantes de eficiência aumentada de maneira isolada não vai resolver todo problema na lavoura, principalmente se o manejo é realizado de maneira inadequada. O bom manejo do solo, o uso de rotação de culturas, a aplicação de defensivos e fertilizantes nas épocas adequadas, além da ajuda de um profissional adequado para o planejamento da adubação são requisitos essenciais para o sucesso desta cultura.

Essa matéria completa você encontra na edição de março 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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