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O uso do 2,4-D e sua importância para a agricultura

 Rebrota do capim-amargoso após aplicação de herbicidas, devido às reservas no rizoma - Créditos Leandro Paiola Albrecht
Capim-amargoso  – Créditos Leandro Paiola Albrecht

Mundialmente reconhecido como uma ferramenta básica na agricultura moderna, o sucesso do 2,4-D não se deve apenas a sua grande utilização como herbicida, mas também ao fato de apresentar um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis. A molécula é uma solução insubstituível na operação de pré-plantio ou dessecação das plantas daninhas e para eliminar restos de outras culturas antes do início de uma nova semeadura.

Há mais de 70 anos, o 2,4-D tem sido um dos herbicidas mais utilizados do mundo e hoje é registrado em quase 100 países, com mais de 40 mil estudos desenvolvidos, passando por diversas revisões em relevantes entidades, como a Agência Regulamentadora do Canadá (PMRA), Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outras. Nesses estudos, governos do mundo inteiro julgaram que o 2,4-D é seguro para a saúde humana quando utilizado adequadamente, de acordo com rótulo e bula.

No Brasil, os primeiros estudos com o 2,4-D datam de 1946 e o herbicida possui registro desde a década de 1970. Atualmente, pode ser utilizado para culturas de trigo, milho, soja, arroz, arroz irrigado, cana-de-açúcar e pastagens e é uma importante ferramenta para aumentar a produtividade das lavouras e reduzir custos para o consumidor, sendo um dos herbicidas com maior custo-benefício do mercado.

Para Mauro Rizzardi, professor da Universidade de Passo Fundo e especialista em manejo de plantas daninhas, o 2,4-D se apresenta como uma das soluções mais eficientes, pois é uma ferramenta essencial no manejo de plantas de difícil controle, como por exemplo, a buva, leiteiro, picão-preto, nabiça, corda-de-viola, guanxuma, poaia, trapoeraba, entre outras. “Esta é uma substância já conhecida pelos produtores e continua a ser uma boa alternativa como rotação de mecanismo de ação”, afirma o professor. “As plantas daninhas representam uma ameaça à produtividade no campo, pois geram competição por luz, nutrientes e água com as plantas cultivadas, o que tem impacto direto no resultado da lavoura. Uma buva por metro quadrado pode reduzir a produtividade de 4 a 12% – ou seja, pode chegar a até 6 sacos por hectare, o que equivale a uma perda acima de R$ 400,00. A baixa produtividade devido à presença de plantas daninhas que não são controladas pode chegar a 40%”, explica.

Uma das principais discussões sobre o 2,4-D é sobre a associação do produto na utilização como desfolhante na Guerra do Vietnã, conhecido como “Agente Laranja”. Ambos são duas substâncias muito diferentes e o 2,4-D foi sim um dos componentes do Agente Laranja, porém juntamente com outra molécula, o 2,4,5-T. A produção e registro do 2,4,5-T foi descontinuado há quase 30 anos, enquanto o 2,4-D continua a ser um dos herbicidas mais confiáveis e utilizados em todo o mundo.

Outra dúvida bastante relevante é o potencial que a deriva do 2,4-D pode causar em culturas sensíveis próximas. A deriva é um problema inerente de qualquer aplicação de produtos agrícolas, sendo assim, é preciso redobrar os esforços para que a tecnologia de aplicação e as condições climáticas sejam as mais adequadas, ajudando o produtor a otimizar suas operações e a reduzir as perdas, melhorando assim a produtividade no campo.

“Há um grande esforço de iniciativas privadas, em parceria com o meio acadêmico para educar o produtor sobre a importância da utilização correta dos herbicidas”, comenta Jair Maggioni, coordenador da Inciativa 2,4-D. “Ações como esta têm produzido resultados positivos, reforçando a mensagem da importância dos cuidados na realização de um manejo sustentável que contribua para o aumento na produtividade e rentabilidade da lavoura, além de preservar a saúde e o meio ambiente”, complementa.

Sobre a Iniciativa 2,4-D

A Iniciativa 2,4-D é um grupo formado por representantes das empresas Dow AgroSciences, Nufarm e Albaugh, que, com apoio acadêmico, tem como propósito gerar informação técnica sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas, além de apoiar projetos que abordem esta questão, como o Projeto “Acerte o Alvo – evite a deriva na aplicação de agrotóxicos”, realizado no Paraná. O foco é educar o produtor sobre a importância da utilização correta de tecnologias que garantam a qualidade da aplicação dos defensivos agrícolas. O grupo defende que o uso adequado das tecnologias de aplicação e a precaução para evitar a deriva são essenciais para garantir a eficácia e a segurança ambiental na utilização de defensivos agrícolas. A Iniciativa 2,4-D se apresenta como fonte de informação e esclarecimento, que, apoiada por estudos acadêmicos, visa desmistificar o emprego do 2,4-D. Para saber mais, acesse: www.iniciativa24d.com.br

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