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domingo, novembro 24, 2024
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Produção de berinjela em hidroponia

Douglas José Marques

Doutor e professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal – Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas)

douglasjmarques81@yahoo.com.br

Crédito Maurício Rezende
Crédito Maurício Rezende

O cultivo de berinjela japonesa deve ser feito preferencialmente em ambiente protegido, que favorece maior adaptação da cultura, produção e frutos com maior qualidade, sendo que a cultura é termófila, ou seja, necessita de alta temperatura para o seu desenvolvimento.

O fruto tem despertado o interesse por parte do consumidor, por ser fonte de vitaminas e minerais e possuir uma grande versatilidade culinária, além de existirem evidências que o apontam como um alimento funcional capaz de reduzir o colesterol no organismo humano.

Sistema hidropônico

O plantio da berinjela em hidroponia pode ser uma alternativa nas proximidades dos grandes centros urbanos, onde as terras agricultáveis são escassas e caras e há grande demanda por esta hortaliça de fruto.

As vantagens do cultivo hidropônico são: não utilizar o solo para a produção da cultura, produzir em qualquer local e em qualquer época do ano. Isto se aplica tanto a áreas desérticas e áridas quanto para áreas urbanas.

Outra característica é produzir no interior de estufas fechadas. O fato de a planta não ter contato direto com o solo e ficar dentro de uma estufa reduz bastante a contaminação e modifica as condições meteorológicas. Isto resulta em plantas mais sadias, podendo ser produzidas praticamente durante todo o ano.

Benefícios

As vantagens e oportunidades do cultivo protegido são muitas, dentre as quais:

– Aumenta a produtividade da cultura;

– Possibilita o controle do ambiente, permitindo a produção de diversas culturas em diferentes regiões e épocas do ano;

– Diminui o ciclo da planta;

– Reduz o consumo de água, já que o sistema fechado reduz a evapotranspiração;

– Proteção contra chuva, granizo e geadas;

– Controle do vento e da radiação solar;

– Melhor condição de trabalho para os funcionários;

– Possibilidade de produzir e comercializar produtos diferenciados.

Para as oportunidades, destacamos:

_ Possibilidade de bom retorno econômico em áreas de pequena escala de produção;

_ Consumidores dispostos a pagar mais por produtos de qualidade, especialmente por hortaliças diferenciadas;

_ Comercialização na época de entressafra;

_ Opção para regiões com alto custo da terra.

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Cuidados

Antes de migrar para esse tipo de sistema de produção, não somente o produtor, mas também seus funcionários precisam estar capacitados a fazer o manejo correto, o qual difere do realizado em campo aberto em alguns momentos. Muitas doenças em cultivo protegido tendem a ser mais severas que em campo aberto.

Na maioria das vezes, a vulnerabilidade da planta está associada à prática comum de adensamento realizada em estufas, que cria condições favoráveis a determinadas doenças. Por isso, é de suma importância o conhecimento técnico, que determinará a produtividade a ser obtida ao longo dos anos.

Cultivares

As cultivares de berinjela japonesa com maior aceitação pelo mercado consumidor e pelos produtores são Kokuyo, Shoya Long, Kumamoto Naganassu, Kokushi Oonaga e Kuro Kunishiki. No entanto, o produtor deve procurar um agrônomo para indicar a cultivar de maior aceitação comercial na sua região.

Custo

O custo de implantação do empreendimento em cultivo protegido depende da localização, dos materiais empregados e do nível tecnológico a ser utilizado. De maneira geral, o custo de implantação de uma casa de vegetação, incluindo o sistema de fertirrigação e as sementes, é de aproximadamente R$ 35,00/m2.

Em regiões com condições climáticas adversas, tais como frio intenso, chuvas e ventos, a cobertura de plástico permite que se cultive berinjela praticamente o ano todo. Este tipo de cultivo geralmente reduz o ataque de pragas e doenças e propicia economia de insumos.

Os frutos, então, apresentam melhor aparência e qualidade e o período de colheita prolonga-se por mais tempo.

Essa matéria você encontra na edição de junho da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar.

 

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