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Calagem e gessagem – As vantagens para o cedro australiano

Camila Leite Santos

Graduanda em Engenharia Florestal – Universidade Federal de Lavras (UFLA)

camila_leite96@hotmail.com

Campo Belo_MG, 17 de marco de 2016 Imagens sobre a producao e pesquisa das mudas clonais de Cedro Australiano (Toona ciliata), que sao ineditas no Brasil, por meio da empresa Bela Vista Florestal.    O cedro australiano e considerado exotico, e toda a semente que a Bela Vista Florestal trabalha esta cadastrada no Ministerio da Agricultura, com pedido de protecao.    Hoje eles possuem um grande banco genetico de cedro , que nao pode ser copiado, uma vez que as sementes das mesmas matrizes nao estao mais disponiveis na Australia.   As pesquisas comecaram em 2005, em parceria com a Universidade Federal de Lavras, mas os testes finais foram feitos no final de 2013 e só em 2014 foram lancados oficialmente.  FOTO: JOAO MARCOS ROSA/NITRO
Campo Belo_MG, Producao e pesquisa das mudas clonais de Cedro Australiano (Toona ciliata), que são inéditas no Brasil, por meio da empresa Bela Vista Florestal. O cedro australiano e considerado exótico, e toda a semente que a Bela Vista Florestal trabalha esta cadastrada no Ministério da Agricultura, com pedido de proteção.
Hoje eles possuem um grande banco genético de cedro , que não pode ser copiado, uma vez que as sementes das mesmas matrizes não estão mais disponíveis na Austrália. As pesquisas começaram em 2005, em parceria com a Universidade Federal de Lavras, mas os testes finais foram feitos no final de 2013 e só em 2014 foram lançados oficialmente. FOTO: JOÃO MARCOS ROSA/NITRO

O cedro australiano vem se destacando no segmento de madeira serrada, na indústria de laminados, compensados e móveis, bem como para outras finalidades. Foi introduzido no Brasil pelo bioma Cerrado, que possui solos ácidos e baixa fertilidade em extensa área de sua ocorrência.

Segundo estudos realizados na Universidade Federal de Lavras, foi observado que o cedro australiano é uma espécie pouco tolerante à acidez do solo, com resposta positiva à elevação da saturação por bases. As respostas positivas das variáveis morfológicas analisadas apontam para a necessidade de se realizar a correção da acidez do solo elevando o nível de saturação por bases para 50%, no intuito de maximizar a produtividade da cultura.

Condições brasileiras

Em geral, os solos no Brasil possuem pouco cálcio (Ca) e muito alumínio (Al), principalmente nas camadas mais profundas, o que não é o ideal. Porém, antes de realizar a calagem e/ou a gessagem, é de extrema necessidade que se realize a análise de solo da área a ser cultivada, recomendando-se na camada de 0 a 20 cm, 20 a 40 cm e, se possível, de 40 a 60 cm de profundidade da área.

A partir dessa análise de solo, aplicar o método apara recomendação da necessidade de calcário (NC) que mais se adeque à região de produção.

Em campo, a incorporação do calcário deverá ser a mais profunda possível, de preferência a mais de 20 cm. Caso seja necessário, é viável parcelar a quantidade recomendada em duas aplicações. Porém, a forma como o manejo irá ocorrer depende do planejamento do plantio florestal.

Culturas beneficiadas

As espécies mais beneficiadas pela calagem são aquelas mais sensíveis ao alto teor de acidez do solo. A aplicação de calcário na calagem eleva os teores de Ca e Mg, diminui ou elimina o Al trocável e aumenta as cargas negativas nesses solos, consequentemente aumentando a disponibilidade de nutrientes, entre eles o fósforo.

A aplicação de gesso agrícola diminui, em menor tempo, a saturação do alumínio em camadas mais profundas. Porém, deve-se deixar claro que o gesso não neutraliza a acidez do solo.

O gesso aplicado na superfície e depois lixiviado para o subsolo ácido resulta em melhor crescimento das raízes, pois possibilita uma maior movimentação de cálcio, magnésio e enxofre no perfil do solo, levando à maior absorção de água e nutrientes pelas mesmas.

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Não confunda

Quais as diferenças entre gessagem e calagem? A calagem altera o PH do solo, enquanto a gessagem não o altera, mas fornece nutrientes como cálcio, enxofre e magnésio.

A calagem atua nas camadas mais superficiais do solo, ou seja, aumenta a CTC, melhora o aproveitamento dos nutrientes e elimina a acidez, enquanto a gessagem trabalha nas camadas mais profundas, reduz o alumínio em profundidade, aumenta o sistema radicular também em profundidade e promove maior absorção de água e nutrientes.

São técnicas que exigem um custo inicial para sua execução, o qual é compensado no lucro final obtido pela floresta, visto que a taxa de mortalidade será reduzida, as árvores terão melhor desenvolvimento radicular e, consequentemente, fustes com maiores diâmetros, sendo alternativas para melhorar a qualidade do solo e a produtividade das florestas.

Essa matéria você encontra na edição de julho/agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar.

 

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