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Evento técnico de algodão aborda condições do ambiente, processos fisiológicos e de manejo da lavoura que afetam a produtividade e a qualidade da fibra

Prof. Ederaldo Chiavegato, da EsalqUSP, disse que o cotonicultor tem que conhecer muito bem a planta
Prof. Ederaldo Chiavegato, da EsalqUSP, disse que o cotonicultor tem que conhecer muito bem a planta

Entender a planta do algodoeiro e os processos fisiológicos e bioquímicos envolvidos em cada fase de desenvolvimento da cultura é uma das principais ferramentas para o cotonicultor que quer ter produção em boa quantidade e com muita qualidade. De acordo com o Prof. Ederaldo Chiavegato, da Esalq/USP, a essência do manejo do algodoeiro é a busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento vegetativo e o reprodutivo.

“Tem que entender como a planta funciona e as interações com o ambiente. É importante fornecer à planta do algodoeiro os nutrientes necessários e na hora certa. Estar atento ao timing, exige conhecer muito bem a planta“, explicou o especialista para os participantes do X Encontro Técnico de Algodão que acontece em Cuiabá/MT e é realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT.

Este conhecimento da planta do algodoeiro exige que produtor e equipe tenham informações sobre todo o sistema de produção que está sendo adotado, pois não dá para falar de fisiologia sem esse conhecimento. O pesquisador indica a priorização das rotinas de custo zero ou de baixo custo que incrementam outros competentes da produção.

As ações de planejamentos e manejo devem contemplar a cultura, com o estabelecimento de fundamentos básicos e de rotinas a serem adotadas que inclui: a quantidade e os modos de aplicação de fertilizantes; as variedades, o correto manejo de regulador de crescimento e minimizar os diferentes estresses durante o ciclo da cultura. “Tem que planejar a cultura, estabelecendo os rumos da produção. Cada ano requer ajustes diferentes. As diferenças de ambiente ao nível de região e de fazenda são diferentes, portanto, o manejo também tem que ser diferente. Assim, os ajustes são necessários, pois cada unidade da produção requer seu manejo próprio“, afirmou Chiavegato.

No evento, o pesquisador frisou que o manejo estratégico durante o ciclo da cultura tem que ser prioridade dentro da fazenda haja vista que está ocorrendo uma evolução muito grande dos componentes genéticos, das novas tecnologias e do manejo do solo. O diferencial é trabalhar uma cultura não só em função de um único fator, tem que ficar muito atento às variações ambientais e as interações com a cultura e adotar as ações de manejo como um todo.

Quando se tem um ambiente mais favorável, evidentemente facilita o aumento de produtividade. Mas, segundo o especialista, o importante é saber controlar as adversidades. O produtor não pode ficar depende de um único fator, já que são muitos os que limitam a produção e a produtividade. “Qualquer variável que antecipe ou retarde a maturação da cultura pode reduzir a produção e a qualidade da fibra devido a exposição da cultura em condições desfavoráveis do ambiente.“

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