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Nunhems apresenta conceito Pingo Doce para melancia

Créditos Adrielle Teodoro

 

A melancia produzida no sistema Pingo Doce tem menos sementes, seedless, e doçura superior garantida pelo alto teor brix (açúcar), o que torna o consumo muito prático e o sabor mais agradável.

 

 

O conceito de produção da melancia Pingo Doce, lançado pela Nunhems em Mossoró (RN), na Estação Experimental da BASF, nos dias 25 e 26 de setembro, levou para o mercado brasileiro a produção sustentável de melancia, com alta qualidade e valor agregado. O produto leva modernidade e inovação para toda a cadeia produtiva de frutas, baseado num modelo de negócio que é sucesso na Espanha.

O lançamento foi realizado em um encontro para agricultores, varejistas e técnicos, mostrando as vantagens da fruta. Palestras sobre as tendências e desafios do setor, além de um dia de campo marcaram a programação, como a de Leonardo Herzog, gerente de contas da Nunhems, que falou sobre a tendência de mudança de hábito de consumo para uma melancia mais saborosa e segura.

GianpaoloBuso, CEO da Paripassu, enfatizou o tema “˜Rastreabilidade de toda a cadeia produtiva’; Daniel Watanabe, diretor comercial do Grupo Pereira palestrou sobre “˜Os desafios da área de hortifrúti no varejo’, como reduzir os atritos ““ melhorar a experiência de compra, ativar os cinco sentidos dos clientes, comunicação digital, CRM –  uso inteligente dos dados, comércio eletrônico ““ Integração do canal digital e físico, aumento da produtividade e inovação.

Gianpaolo Buso, CEO da Paripassu, enfatizou o tema “˜Rastreabilidade de toda a cadeia produtiva’

Rafael Cordeiro, CEO da Eloopz trouxe à tona o tema“˜New Retail e a digitalização do varejo físico’; enquanto PereMontón Jiménez, gerente de contas Melancia ““ Nunhems Espanha falou sobre“˜Benchmarking Internacional’, dando espaço para representantes de três empresas falarem de suas experiências que foram sucesso na Espanha.

“A proposta da Pingo Doce é ser referência no mercado brasileiro e contribuir para o aumento de consumo da fruta no País“, expõe GolmarBeppler Neto, gerente de melão e melancia da Nunhems® para América do Sul.

Ainda segundo ele, a qualidade é a premissa básica do projeto. “Queremos garantir qualidade para o consumidor. Segurança alimentar, sem dúvida, está muito atrelada a isso, e queremos entregar um produto que o consumidor tenha segurança, praticidade e conveniência, porque hoje ninguém quer uma melancia de 15 kg. Nossa intenção é aumentar o consumo dessa fruta a nível Brasil, com soluções práticas“, defende.

 

A Pingo Doce

 

A melancia produzida no sistema Pingo Doce pode ser facilmente identificada nos pontos de venda ao consumidor final, como supermercados e redes de hortifrútis. Enquanto a melancia comum pesa em torno de quinze quilos, para a Pingo Doce a média é de seis e sete quilos. Portanto, é mais prática e fácil de transportar e armazenar. Isto faz com que a logística seja mais eficiente do campo à mesa, além de reduzir os riscos de perdas causadas por danos às frutas.

Outra característica é a cor da casca, verde escura, que se destaca no ponto de venda. A fruta ainda apresenta maior shelflife, ou seja, tem alta durabilidade, mantendo a qualidade por mais tempo.

O principal atrativo do projeto Pingo Doce está dentro da fruta. A melancia tem menos sementes, seedless, e doçura superior garantida pelo alto teor brix (açúcar), o que torna o consumo muito prático e o sabor mais agradável.

“Observamos alto índice de satisfação de quem prova a melancia produzida no sistema Pingo Doce. A aprovação do consumidor é o nosso principal objetivo. Queremos que, ao experimentar pela primeira vez, todos queiram repetir a experiência proporcionada pela fruta. Trata-se de um novo conceito de produto“, explica Beppler.

A rastreabilidade é mais um diferencial para o consumidor, que tem a garantia de origem ao adquirir um alimento seguro e produzido de forma sustentável. Todo o processo produtivo é controlado, da lavoura ao supermercado. A empresa exige rastreabilidade dos agricultores e apoia os demais integrantes da cadeia a realizarem o mesmo.

Assim, os participantes do projeto Pingo Doce antecipam-se ao rastreamento obrigatório para melancia a partir de 2020, de acordo com Instrução Normativa do Ministério da Agricultura.

 

Manejo sustentável

No campo, os convidados conheceram os diferenciais da Pingo Doce

A diferença entre o produto obtido com o sistema Pingo Doce e as demais melancias começa no campo. O manejo exige uma série de práticas mais sustentáveis. Entre elas, a irrigação por gotejamento, que reduz o consumo de água, a manutenção de um ambiente atrativo para as abelhas e o uso adequado dos defensivos indicados para o cultivo.

A fertirrigação, que alia irrigação à nutrição das plantas, é requerida neste sistema produtivo porque o agricultor consegue ter mais eficiência no manejo de água e fertilizantes.

No campo, os convidados conheceram os diferenciais da Pingo Doce

A prática garante os nutrientes necessários para a formação adequada dos frutos, tornando possível produzir até cinco frutos de alta qualidade por planta. No sistema tradicional, o segundo fruto costuma apresentar qualidade inferior quando comparado ao primeiro fruto, reduzindo, assim, o seu valor comercial.

O manejo das abelhas também é fundamental para o sucesso da plantação. Para a produção de melancias triploides (com menos sementes) é necessária a utilização de ao menos 30% da lavoura com melancia diploide (com sementes), pois elas disponibilizam pólen viável, essencial para haver polinização.

Nos outros 70% da lavoura, o pólen é pouco ou até totalmente indisponível. É a presença expressiva de abelhas nestas áreas que garante a eficiência da polinização das plantas.

Todas as práticas no campo devem proporcionar um ambiente sadio para as abelhas e as plantas. O agricultor assume o compromisso de uma lavoura sustentável durante todo o ciclo produtivo.

O processo de produção da fruta é resultado de acompanhamento técnico e rigoroso controle de qualidade que resulta no padrão Pingo Doce: melancia com alto valor agregado para agradar aos consumidores mais exigentes.

 

Modelo espanhol

 

A Pingo Doce, no Brasil, é baseada em um case de sucesso no mercado de frutas da Espanha. No país europeu, a melancia Fashion aumentou o interesse do consumidor final. A partir da iniciativa da Nunhems®, o consumo per capita de melancia dobrou no período de dez anos na Espanha.

Este modelo é a inspiração para a Nunhems® Brasil criar a Pingo Doce. A empresa levou agricultores e técnicos à Espanha para entender como é possível agregar valor ao produto. “Não se trata somente de um híbrido, mas de um sistema produtivo que visa oferecer um produto de alta qualidade“, explica Beppler.

Golmar Beppler Neto, gerente de melão e melancia da Nunhems® para América do Sul.

Atualmente, cerca de 20 agricultores já produzem a melancia dentro do modelo produtivo da Pingo Doce nos Estados de Piauí, Bahia, Tocantins, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Pedro TakahikoOrita já é um desses produtores, e conta que o projeto ainda é recente, mas ele apostou por achar a melancia doce e firme. “Estamos juntos no projeto. A estabilidade do preço, a produção e a segurança que o projeto nos proporciona ajudam muito, além de  ser uma melancia que produz mais que a tradicional, proporcionando um lucro maior“, opina.

Andreo Scaglioni Marinié produtor de soja, arroz e melancia comum, mas agora pretende investir na Pingo Doce em Pelotas (RS). “Já sou produtor há 40 anos e desde então tenho me adaptado às necessidades do mercado.Percebemos que a tendência é uma melancia menor, mais compacta e doce, e foi na Pingo Doce que identificamos todas as características que nós também, como consumidores, gostaríamos de encontrar“, elogia.

Andreo Scaglioni Marinié prod

 

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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