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Desinfecção de solo – Área saudável para plantar novamente

Rodrigo Vieira da Silva

Engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e professor do IF Goiano ““ Campus Morrinhos

João Pedro Elias Gondim

Mestrando em Olericultura – IF Goiano ““ Campus Morrinhos

Juliano Henrique Alves de Sousa Carvalho

Graduando em Agronomia – IF Goiano ““ Campus Morrinhos

Crédito Miriam Lins

O controle preventivo de microrganismos causadores de doenças em plantas constitui-se em estratégia eficiente e viável economicamente, pois evita futuros prejuízos às lavouras.

O tratamento do solo para a desinfestação agrícola compreende processos químicos ou físicos para redução da concentração do organismo patogênico abaixo do nível de dano econômico ou a sua completa eliminação.

No mercado há disponibilidade de uma ampla gama de produtos para o controle preventivo de microrganismos indesejáveis, a exemplo: bactericida, fungicida e nematicida, inclusive alguns com ação biocida que têm ação sobre todos os microrganismos do solo e sementes de plantas daninhas.

Um dos produtos mais utilizados é o metam sódio, que se constitui em um composto organossulfurado (ditiocarbamato), usado como fumigante de solo, nematicida, herbicida e fungicida.

 

Quando utilizar

O desinfetante pode ser aplicado por várias formas de irrigação – Crédito Ana Maria Diniz

Apesar de muitos agricultores utilizarem os desinfestantes de solo de forma curativa para o controle de epidemias já instaladas, sua recomendação deve ser realizada de maneira preventiva em áreas com histórico de contaminação, associado às demais estratégias de manejo cultural para que se tenha êxito e economia de futuros gastos por parte do produto rural.

De maneira geral, recomenda-se a utilização dos desinfestantes ou fumigantes do solo no período de pré-plantio ou pós-colheita. Por se tratar de produtos geralmente tóxicos ao homem e ao ambiente, é de suma importância o acompanhamento de um agrônomo especializado.

A aplicação dos desinfestantes de solo no pré-plantio atua de formar a preservar a semente e a planta jovem, evitando doenças advindas de patógenos, principalmente no período germinativo e de plântula, como por exemplo, murchas e o tombamento causado por fungos e bactérias de solo. Por outro lado, a aplicação pós-colheita visa o controle desses fitopatógenos, para não atacarem a próxima safra.

 

Forma correta de aplicação

 

Primeiramente, recomenda-se que o produto seja aplicado sob a supervisão de um agrônomo com conhecimento nesta área de atuação. Os desinfestantes de solo devem ser aplicados em condições de solo e tempo seco, pois atuam com a liberação de gases tóxicos por meio do contato com a água.

As aplicações devem ser ministradas isoladamente e em baixas concentrações do princípio ativo, conforme recomendação do fabricante, prescrita na bula do produto. Os fumigantes de solo, a exemplo do metam sódio, devem ser aplicados no solo de modo a controlar ou precaver uma disseminação de fitopatógenos.

Não é recomendado o uso rotineiro de produtos da mesma classe ou mecanismo de ação, pois estes podem influenciar na contaminação do meio ambiente ou influenciar na seleção de microrganismos resistentes.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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