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sábado, setembro 21, 2024
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Qual a nutrição correta da goiabeira em produção?

Autores

Damaris Eugênia Dina
eugeniadamaris@gmail.com
Luan Fernando Mendes
luan.mendes14@hotmail.com
Graduandos em Engenharia Agronômica – Centro Universitário Sudoeste Paulista (UNIFSP)
Letícia Galhardo Jorge
Bióloga e mestranda em Botânica – IBB/UNESP
leticia_1307@hotmail.com
Bruno Novaes Menezes Martins
Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia/Horticultura) – FCA/UNESP e professor – UNIFSP
brunonovaes17@hotmail.com

Crédito: Shutterstock

A nutrição adequada e equilibrada é um parâmetro essencial para um eficiente sistema de produção de goiabas. Para aumentar a produtividade e qualidade do produto, um dos principais fatores é o manejo correto da adubação. Tal prática se resume a satisfazer as necessidades nutricionais da planta nos diferentes estádios de desenvolvimento. Em condições de preços baixos da goiaba, é necessário racionalização do uso dos adubos, visto que o manejo é significativo sobre o custo de produção.

Entenda melhor

A goiabeira é uma cultura de pouca exigência nutricional, podendo desenvolver-se em solos com pH de 4,5 a 8,0, com faixa ótima de desenvolvimento entre 5,0 e 6,5. No entanto, para a obtenção e a manutenção de boas produtividades em pomares comerciais, é necessário manter níveis adequados de fertilidade.

A maioria dos trabalhos de pesquisa mostram que as plantas de goiaba, para vegetar e produzir, necessitam, em ordem de importância, dos seguintes nutrientes:

Macronutrientes: K>N>Ca> P>S>Mg

Micronutrientes: B>Fe>Mn>Zn>Cu

Assim, torna-se importante o conhecimento prévio das funções de cada nutriente, bem como identificar suas carências, uma vez que os nutrientes estão diretamente ligados à produtividade, visto que uma planta bem nutrida adequadamente consegue otimizar ou até mesmo maximizar a produtividade.

Lembrando que cada nutriente apresenta um “papel chave” na fisiologia da planta, sendo que o excesso de um não suprirá a deficiência de outro.

Aplicação de fertilizantes

Ü Calagem: a adubação e calagem devem ser feitas a partir do diagnóstico da análise do solo para elevar a saturação de bases a 70% e o magnésio ao teor mínimo de 9 mmolc/dm3. Recomenda-se que seja feito entre o final da colheita até o início do florescimento do próximo ciclo produtivo, assim como a adubação orgânica e fosfatada.

Ü Adubação de plantio: por conta da limitada disponibilidade de adubos orgânicos observou-se que sua melhor utilização é na implantação do pomar, colocando na cova 15 a 20 litros de esterco de curral ou três a cinco litros de esterco de galinha ou torta de mamona em mistura com 200 g de P2O5 e 3g de Zn (nas formas de óxido ou sulfato), misturando com a terra da superfície, 20 a 30 dias antes do plantio.

Na fase de crescimento, as doses de nitrogênio devem ser parceladas em cinco aplicações ao ano em solos argilosos, e em 10 aplicações ao ano em solos arenosos, iniciando-se 30 dias depois do plantio.

Ü Adubação de produção: a partir do 2º ou 3º ano de instalação do pomar, quando as plantas entram em plena produção. Deve ser aplicada ao redor da coroa, em volta de toda a planta, na projeção da copa, num raio de 0,6 m de largura para disponibilizar o adubo às raízes. Segundo o IAC, deve-se aplicar, de acordo com a análise de solo, por ano de idade e por planta, 70 g de N, 40 a 100 g de P2O5, e 20 a 50 g de K2O, em três parcelas, no início e durante as chuvas, na projeção da copa.

Recomendações

A adubação potássica deve ser parcelada em 30% depois da poda, 15% depois do pegamento dos frutos, 25% na fase intermediária de crescimento do fruto e 30% na fase final de crescimento do fruto (antes da maturação).

Porém, estudos realizados em São Paulo demonstraram significativa melhora na produtividade com aumento de adubação nitrogenada e potássica em plantas com até cinco anos de idade, associada à dose de 627 g de N por planta (aproximadamente 3,2 kg de sulfato de amônio ou 2,3 kg de ureia por planta por ciclo) e à dose de 290 g por planta de K2O (aproximadamente 500 g de cloreto de potássio por planta).

As adubações com nitrogênio e potássio devem ser realizadas a partir do florescimento das plantas, sendo que a quantidade total recomendada seja dividida em três parcelas iguais: a 1ª parcela durante o florescimento; a 2ª após 30 a 45 dias da primeira e a 3ª após 30 a 45 dias da segunda.

A aplicação de fósforo requer cuidados na aplicação devido a sua baixa mobilidade e deve ter aplicação de forma localizada e em profundidade, considerando sempre o teor de fósforo no solo para definir a dosagem de fertilizante.

Já os micronutrientes, zinco (Zn), boro (B), cobre (Cu), e manganês (Mn) muitas vezes são deficitários em solo brasileiro, principalmente os dois primeiros, trazendo alguns prejuízos à goiabeira, principalmente na parte foliar. Portanto, recomenda-se também a aplicação de uma solução com ácido bórico a 0,06% e de sulfato de zinco a 0,5% pelo menos duas vezes ao ano.

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