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Estudo mostra que suplemento à base de prebióticos, probióticos e leveduras é eficaz na substituição do antibiótico

Instituto de Zootecnia comprova que o produto é alternativa segura e saudável na nutrição animal para auxiliar no crescimento e engorda de animais de produção

Crédito Luize Hess

Nova pesquisa realizada em janeiro deste ano pelo Centro de Pesquisa em Bovinos de Corte do Instituto de Zootecnia de Sertãozinho, interior de São Paulo, comprovou a eficiência de um suplemento mineral à base de prebióticos, probióticos e leveduras em substituição à monensina. Este aditivo é um conhecido representante dos antibióticos ionóforos e é amplamente utilizado no Brasil.

O produto estudado foi o “+ Engorda”, produzido pela empresa Nutrimais Saúde Animal, que contém aditivo probiótico, levedura inativa e parede celular de levedura. A Saccharomyces cerevisiae é um dos tipos de levedura mais conhecido, comumente usada na produção de cerveja, de vinho, de pão, de combustível e de vários agentes bioquímicos e terapêuticos.

 O Instituto, que pertence à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, comparou durante 84 dias o desenvolvimento dos animais da raça Nelore ou anelorados. Eles foram separados em dois grupos: um que recebeu a dieta contendo o produto em questão e outro com a dieta à base de monensina.

A pesquisa concluiu que os bovinos de corte não sofreram qualquer prejuízo no desempenho, nas características de carcaça e na qualidade e rendimento de cortes cárneos comerciais com a utilização do produto à base de levedura. Sendo assim, aparece como alternativa segura e saudável para nutrição animal.  

A inclusão de antibióticos na dieta de ruminantes tem gerado alerta no mundo inteiro, já que pode causar resistência bacteriana se utilizado constantemente. Na União Europeia, o uso dos ionóforos já é proibido desde 2006 como medida preventiva.

Já no Brasil, os antimicrobianos são de responsabilidade da Coordenação de Fiscalização de Produtos de uso Veterinário (CPV), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com a Portaria Nº171, de 13 de dezembro de 2018, existe a intenção de proibição de uso de antibióticos com a finalidade de complementação alimentar.

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