Autor
Ronnie Tomaz Pereira
Engenheiro agrônomo e mestrando em Horticultura pela UNESP-FCA,
ronnie@educarpv.com
O uso de produtos biológicos na agricultura tem se intensificado ano a ano. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Controle Biológico (ABCBio) mostram que os produtos biológicos para controle de pragas e doenças teve um crescimento de 78% para 2018 em relação a 2017, quando se observam os valores movimentados.
Ao mesmo tempo, os consumidores têm se preocupado cada vez mais, não apenas com a qualidade estética dos produtos consumidos, mas também com a rastreabilidade dos mesmos, afim de saber se o produtor utiliza técnicas de cultivo sustentáveis, que tragam um alimento seguro do ponto de vista da sanidade, valorizando produtos certificados, seja no sistema orgânico, seja no sistema integrado, ou ainda no sistema convencional que respeite a cartilha das boas práticas agrícolas.
Essa mudança em relação às exigências do consumidor culminou na recente Instrução Normativa Conjunta nº 02/2018, da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regula os procedimentos para aplicação da rastreabilidade ao longo da cadeia de produtos vegetais frescos voltados para a alimentação humana, com a finalidade de monitoramento e controle dos resíduos de agrotóxicos.
Estudos
Frente a esse cenário, muitos são os estudos desenvolvidos visando o uso de agentes de controle biológico, já que geralmente apresentam toxicidade baixa ou nula em relação ao ambiente e ao homem.
Um agente de controle biológico é definido como qualquer organismo que desempenhe controle sobre os insetos-praga. Dentre eles podemos destacar os insetos predadores, que atuam de forma a competir com o inseto-praga, predando-o, e os entomopatógenos, ou “microrganismos do bem”, que são seres capazes de provocar danos aos insetos-praga. Esses microrganismos podem ser desde bactérias até fungos.
Ao contrário do que popularmente se pensa, nem todos os fungos causam doenças às plantas e ao homem. Existem alguns fungos específicos que são benéficos às plantas e maléficos às pragas, os chamados “fungos do bem”.
Para a cultura do morangueiro o uso de agentes como o Neoseiulus californicus, um tipo de ácaro predador, já é bastante conhecido, no entanto, o uso de fungos não estava totalmente definido.
Danos
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