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sábado, setembro 21, 2024
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Equipamentos e a importância da capacitação dos operadores

Autor

Rômulo José Nicolau
Engenheiro mecânico e consultor técnico – Momesso

Você certamente já sabe que o investimento em equipamentos de tratamento de sementes de ponta é fundamental para ter maior produtividade e eficiência durante o processo, não é mesmo? Mas isso não é o bastante! No dia a dia, o produtor não pode se esquecer da importância da capacitação dos operadores destes equipamentos.

É preciso entender o quanto antes que, quando os profissionais dominam as técnicas e sabem usar os equipamentos com eficiência, os resultados do trabalho apresentam melhoras significativas.

A verdade é que de nada adianta contar com equipamentos modernos, de alta tecnologia embarcada, se o operador não souber como usar todos os recursos que possui. É essencial, portanto, capacitar os operadores para que consigam aproveitar ao máximo todo potencial destes equipamentos.

Vale lembrar que, tanto os equipamentos de tratamento de sementes como o trabalho no campo evoluíram bastante nos últimos anos, não restando dúvidas de que o treinamento adequado dos operadores destas máquinas passa a ser necessário para aproveitar ao máximo o potencial das tecnologias embarcadas, o que se refletirá em alta produtividade na lavoura.

Danos

Um operador que não entende o correto funcionamento de um equipamento pode, mesmo sem ter intenção, cometer erros ou até mesmo danificar o sistema. Como consequência, os custos com manutenção aumentam, além de risco com a parada do tratamento de sementes durante o pico comercial, ou até mesmo a contaminação de um lote com e sem tratamento.

O treinamento adequado, envolvendo parte teórica com aulas práticas no modelo específico de máquina que o operador trabalhará terá um resultado nítido, no qual o primeiro impacto é a redução dos custos com manutenção e ao longo do processo observar-se a correta aplicação e redução do desperdício de produtos químicos utilizados. Com isso, a aplicação de fungicida, micronutrientes, inseticida e inoculantes pode ser prejudicial para a lavoura e para o meio ambiente, quando realizada de forma errada.

A regulagem precisa dos equipamentos de tratamento de sementes garante que a dose recomendada pelas indústrias químicas seja correta, e assim tenha o efeito desejado. É fato que as máquinas de tratamento industrial de hoje são extremamente eficientes e precisas, capazes de aplicar a quantidade de produto de acordo com a recomendação necessária para a proteção da produção. Portanto, o investimento em treinamentos dos operadores é absorvido pelo resultado que apresenta, quando comparado ao risco da operação.

Limitações

Se o operador não respeitar os limites de cada equipamento porque não os conhece, forçará a máquina além do permitido, maximizando o desgaste prematuro desta e a qualidade do processo. Uma máquina de tratamento de sementes demanda um alto investimento, sendo essencial um maquinário durável e de baixa manutenção, o que só se alcança com o correto manuseio desta.

Não tem segredo: é crucial capacitar os operadores das máquinas para que elas sejam preservadas, estendendo sua vida útil.

Benefícios do Tratamento de Sementes Industrial (TSI)

O Tratamento de Sementes Industrial (TSI) utiliza equipamentos de alta tecnologia que proporcionam segurança quanto ao dano mecânico durante o processo. Máquinas computadorizadas de ponta, permitem precisão da dose recomendada do produto (semente a semente), o que proporciona eficiência biológica, seletividade e economia.

Baixo risco no processo e menor exposição dos operadores e agricultor (toxicologia, contato, cheiro, etc.), expressão do potencial produtivo e até mesmo a utilização de adjuvantes que protegem a tecnologia e o germoplasma são mais alguns dos benefícios destacados no Tratamento de Sementes Industrial.

Com o uso do TSI, o produtor elimina os riscos de mistura varietal. Além disso, este tipo de tratamento confere maior agilidade no plantio, reduzindo o número de operações e mão de obra, gerando economia para o produtor e maior flexibilidade no gerenciamento do plantio.

O sucesso da lavoura é definido no momento do plantio, portanto, é preciso avaliar a real necessidade de tratar a semente na fazenda. O TSI oferece a certeza de estar adquirindo produtos específicos para este fim, que corresponde ao menor percentual de investimento de toda a lavoura, mas que, no entanto, é o início do sucesso.

A evolução do TSI no Brasil

O tratamento de sementes previne a entrada de pragas em áreas de cultivo e tem grande importância no desenvolvimento de plantas vigorosas e sadias. Essa prática protege as sementes desde o contato inicial com o solo até o início do crescimento das plantas. Ou seja, a proteção ocorre antes, durante e depois da germinação.

Sendo assim, sementes que poderiam ser ameaçadas por doenças, pragas ou até interferências climáticas, conseguem crescer mais fortes, com germinação mais uniforme e melhor enraizamento. Tudo isso é revertido em produtividade.

O processo hoje é feito praticamente nas principais culturas do País: soja, milho, algodão, trigo, arroz, feijão e amendoim, se tornando cada vez mais importante, porque as pragas e doenças, mesmo aparecendo bem no início do ciclo, vão reduzir a produtividade na hora da colheita. Por isso a necessidade de proteger a lavoura desde a fase inicial. O investimento feito na compra de sementes também justifica o tratamento.

Até o final da década de 1970 a soja era cultivada do Rio Grande do Sul até o Paraná, com pouca presença no Estado de São Paulo. Aos poucos foi se expandindo pelo Brasil Central e em 1981 levantamentos mostravam que apenas 5% passavam pelo processo de tratamento de sementes.

O cenário começou a mudar quando as lavouras passaram a ser de maior porte, o que dificultou o plantio em unidades iguais, além das dificuldades climáticas. Além de ter bom vigor e boa germinação, era importante para a semente que o solo tenha umidade adequada, caso contrário, os fungos atacavam e a deterioravam.

Com a aplicação de um fungicida sistêmico associado a um fungicida de contato, notou-se que as sementes ganhavam uma camada protetora e garantia de até duas semanas após a emergência. A partir daí, o produtor também percebeu que mesmo o “plantio no pó” tinha melhores resultados quando as sementes da soja haviam passado por um tratamento, ao contrário das perdas totais de antes.

Desde então começou a ficar complicado para o agricultor fazer o tratamento de sementes em pequenas máquinas em sua propriedade e, com isso, as grandes empresas do setor desenvolveram o Tratamento de Sementes Industrial, algo que vem aumentando porque trás mais tranquilidade e garantia aos agricultores. Cerca de 45% deles já adotaram as sementes tratadas industrialmente.

O tratamento de sementes pode ser feito de duas formas: Na fazenda (on farm) ou na indústria (Tratamento de Sementes Industrial – TSI). Em ambos os casos recomenda-se seguir as Boas Práticas de Tratamento de Sementes.

Tratamento de sementes na Fazenda (on farm):

ð Certificar-se de que o produto utilizado no procedimento seja registrado para as sementes da cultura que se pretende fazer o tratamento: um produto não registrado pode prejudicar a sementes;

ð Observar as características dos produtos a serem utilizados: dar preferência aos que possuem baixo volume de calda e boa adesão às sementes;

ð Dar preferência aos produtos que combinem, em uma só fórmula, fungicidas e inseticidas;

ð Escolher corretamente o produto químico de acordo com o objetivo do tratamento: produtos de amplo espectro de ação fazem controle de maior número de pragas;

ð Seguir as instruções da bula do produto e das Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ);

ð Certificar-se de que o equipamento de aplicação esteja calibrado;

ð Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) específico;

ð Estar em um lugar seguro em relação ao meio ambiente, pessoas e animais.

Tratamento de Sementes Industrial (TSI)

É um processo que consiste em aplicações automatizadas por meio de equipamentos de alta tecnologia. Esse tratamento tem algumas vantagens em relação ao tratamento convencional (on farm):

” O volume de calda (dosagem) de defensivo utilizado para o tratamento das sementes x massa ou número de sementes é mais preciso;

”  As sementes recebem melhor cobertura com o produto;

” Há menos risco para os operadores, portanto, é mais seguro;

” Apresenta maior eficiência e rendimento por hora;

” Maior praticidade, uma vez que as sementes compradas já estão prontas para uso.

Avaliação de qualidade no TS

Poeira e/ou sujeira absorve o produto químico:

þ Diretamente ligado à segurança do operador e perda de produto administrada à semente;

þ Utilizar nas UBS equipamentos eficientes para limpeza das sementes e sua classificação quanto à forma e tamanho;

þ Superfície hidrofóbica de algumas sementes.

Formulações especiais ou aditivos são requeridos – Superfície específica:

þ Atentar para área superficial;

þ Tecnologia de aplicação;

þ Excesso de tratamento = perda de produto.

Qualidade no Tratamento de Sementes

þ Ter precisão – quantidade de produto (PI) por semente;

þ Ter uniformidade – distribuição semente a semente com a menor quantidade de calda possível.

Diferenciais para maior qualidade:

þ Confiabilidade da dose;

þ Precisão no volume de calda;

þ Tempo de aplicação de calda na semente;

þ Repetibilidade dos parâmetros de tratamento;

þ Aplicação da menor dose de produto possível.

Solução

A Momesso fornece ao mercado máquinas e equipamentos específicos para sementes. Em seu portfólio conta com equipamentos profissionais para aplicações desde on farm até industriais de fluxo contínuo e batelada, capazes de atender as inúmeras inovações que vêm surgindo no TS, bem como equipamentos para laboratório que são utilizados por todo o segmento.

Conta também com o CEM (Centro de Excelência Momesso), que oferece aos seus parceiros:

; Flow Test – fluidez e velocidade de secagem calda sobre sementes;

; Abrasão – (Rub-off) teste de resistência;

; Dust-off e abrasão no medidor de poeira (Dustmeter);

; Plantabilidade – performance no simulador Scherer.

; Seed safety (shelf life) – seletividade do TS às sementes;

; Visual – desenvolvimento de acabamentos com polímeros;

; Aplicabilidade, compatibilidade e estabilidade – caldas simples ou complexas;

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