Não existe uma receita exata para se dar bem na agricultura, mas é fato que a introdução de novas tecnologias, o avanço das pesquisas, novas opções de manejo, a parceria entre as culturas de inverno e de verão e ainda a visão do produtor sobre todo o sistema da propriedade está impactando diretamente no aumento das produtividades. As culturas da soja e do trigo, por exemplo, andam juntas, especialmente porque o cereal é o mais plantado no Rio Grande do Sul e possui um alto valor agregado para os produtores gaúchos.
O produtor de Cruz Alta (RS), Maurício de Bortoli, provou pelo segundo ano consecutivo que toda tecnologia utilizada na fertilização para as lavouras obterem maiores resultados no verão tem início no inverno. Maurício venceu, pelo segundo ano consecutivo, o Desafio CESB (Comitê Estratégico Soja Brasil) de Máxima Produtividade de Soja, com a média de produtividade de 123,88 sc/ha.
Ele colheu mais que o dobro da média nacional, que foi de 53,4 sc/ha na safra 2018/2019. A teoria do engenheiro agrônomo colocada em prática na sua fazenda foi projetar, preparar e aplicar na fazenda um contínuo processo de produção. “Pensamos na propriedade como um todo e investimos na rotação de culturas e manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas”, relata. Nas fazendas da Sementes Aurora, o agrônomo cultiva nove mil hectares de grãos (soja, milho, trigo, cevada, aveia preta e branca).
Para conquistar esse resultado, o produtor investiu em tecnologias de manejo e no controle de pragas e doenças que pudessem diminuir o rendimento e na qualidade do produto final. No item manejo, não abriu mão de cobrir o solo no inverno.
Na segunda safra, cultivou um mix de plantas de coberturas em um terço da área. Em outro terço, somente gramíneas, também para cobertura, e no restante, quase três mil hectares de trigo e áreas menores, aveia preta (1,3 mil ha), aveia branca (1 mil ha) e cevada (500 ha).
Maurício ressalta que o trigo é uma cultura de bastante investimento, de muita responsabilidade técnica e com inúmeros benefícios. “Tenho feito muita rotação de culturas, pois proporciona fertilidade, descompactação e a proteção do solo por meio da palhada, bem como a reciclagem de nutrientes e a rotação de defensivos, gerando benefícios nas culturas de verão”, defende.
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