Autores
Leandro Paiola Albrecht
lpalbrecht@yahoo.com.br
Alfredo Jr. Paiola Albrecht
ajpalbrecht@yahoo.com.br
Engenheiros agrônomos, doutores e professores – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Enoir Cristiano Pellizzaro
Engenheiro agrônomo, mestre e pesquisador – Cooperativa Agroindustrial C. Vale
enoir.pellizzaro@cvale.com.br
André Felipe Moreira Silva
Engenheiro agrônomo, doutor e pesquisador – Crop Science
afmoreirasilva@hotmail.com
Mais uma safra acabando e outra iniciando! A safra 2019/20 já desponta e promete muito, porém, muitas são as indagações no tocante às perspectivas de clima e de mercado. No entanto, algo é fato, tem que começar bem e preparar da melhor forma possível o “caminho” para o cultivo da soja.
Nesse sentido, as dessecações utilizando bons herbicidas no manejo de plantas daninhas é uma etapa essencial. O adequado posicionamento das dessecações, em pré-semeadura, é indispensável e importantíssimo no Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) e no preparativo da lavoura.
As dessecações em pré-semeadura são essenciais, sobretudo considerando as perdas que as plantas daninhas podem ocasionar ao cultivo da soja. Algumas das pesquisas do Supra – UFPR, nas últimas três safras, indicam perdas de 21% no rendimento da soja, com uma touceira de capim-amargoso (Digitaria insularis) por metro quadrado, ou seja, um quinto da lavoura “vai para o ralo”.
Se o caso for a buva (Conyza spp.), as perdas na soja são estimadas em 14%, com uma planta de buva por metro quadrado. Para a buva as perdas parecem menores que para o capim-amargoso, mas representam em número uma perda que pode ser equivalente, para o agricultor, a uma caminhonete Hilux nova a cada 300 hectares.
Desafios
Muitos são os desafios do agronegócio, e a cada ano ocorre o risco de sermos surpreendidos. Uma constatação que vem assustando o setor produtivo é o surgimento de inúmeros casos de resistência, no qual espécies como a buva vem chamando atenção.
Em Informativos do Supra Pesquisa já foram relatados vários casos de resistência, aqui e no Paraguai. Mas o que chama mais atenção nessa safra é a expansão e a frequência de alguns indicativos de resistência, como da buva ao paraquat e ao 2,4-D.
Nessa safra, especialmente no caso do 2,4-D, os resultados de campo em várias regiões do Paraná, Sul do MS e Paraguai, vêm assustando. O indicativo de resistência ao 2,4-D, em que uma certa hipersensibilidade gera um efeito de “rápida necrose”, pode ser observado em um período de duas a cinco horas após a aplicação. Essa “rápida necrose” indica que o produto, geralmente usado na primeira aplicação da sequencial, não realizou o seu “trabalho”, como outros herbicidas hormonais ainda fazem.
Se o herbicida auxínico ou hormonal (como o 2,4-D ou outro) não realiza sua função na dessecação, há o comprometimento do processo de dessecação na pré-semeadura, para que a soja entre no limpo. Esse cenário leva a ações reativas imediatas, como a troca do herbicida por outro, e deveria levar a ações proativas contínuas, como a rotação de mecanismos de ação e outras estratégias dentro do manejo integrado de plantas daninhas.
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